Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 14 de setembro de 2021
As principais autoridades de saúde das quatro nações que compõem o Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) recomendaram na segunda-feira (13) a vacinação contra covid-19 para adolescentes saudáveis entre 12 e 15 anos.
Essa recomendação, que vai contra as conclusões do comitê científico encarregado de supervisionar a campanha de vacinação britânica, significa que três milhões de menores podem receber uma primeira e, por enquanto, única dose da vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech.
Os quatro especialistas do Reino Unido também pediram ao comitê para decidir sobre a eventual administração de uma segunda dose para essa faixa etária, quando mais dados estiverem disponíveis em todo mundo.
A decisão agora corresponde aos quatro governos regionais, que têm competência em matéria de saúde.
O serviço público de saúde da Inglaterra já havia sido solicitado a se preparar para estender o programa de vacinação aos jovens de 12 a 15 anos, em caso de recomendação.
Em sua indicação, as autoridades consideraram, entre outras coisas, o impacto da pandemia na escolaridade dos adolescentes e destacaram que a vacinação pode ajudar a “reduzir (mas não eliminar) as interrupções na educação”.
Apesar da preocupação com o início do novo ano letivo, o comitê científico considerou há dez dias que o benefício de ampliar a campanha de vacinação para todas as crianças acima de 12 anos seria periférico.
Os pesquisadores afirmaram que o vírus representa um risco baixo para crianças saudáveis, mas recomendaram que o governo busque acompanhamento.
Crianças maiores de 12 anos com problemas de saúde já podem receber a vacina no Reino Unido, que, atualmente, imuniza todos os adolescentes de 16 a 17 anos.
Desde o início da pandemia, mais de 134 mil pessoas morreram no país, até 28 dias após testarem positivo para o coronavírus.
Com mais de 66 milhões de habitantes, o Reino Unido registra cerca de 30 mil novos casos de covid-19 por dia.
Terceira dose
O governo do Reino Unido anunciou nesta terça-feira (14), que aplicará uma dose extra da vacina contra a covid-19 para pessoas com mais de 50 anos, trabalhadores da saúde e funcionários de asilos.
A decisão foi tomada após o poder Executivo do país receber o sinal verde do grupo de assessoramento formado por especialistas na área, que recomendaram a utilização da vacina produzida em conjunto pelos laboratórios Pfizer e BionNTech. O intuito é fortalecer o sistema imunológico desses grupos contra o vírus.
Os especialistas que auxiliam a equipe de Boris Johnson no combate ao coronavírus também informaram que a administração da dose de reforço contra a covid-19 pode ser feita ao mesmo tempo da vacina contra a gripe, que é anualmente oferecida no inverno do país.
O governo informou, ainda, que as pessoas dentro do grupo de vulneráveis, assim como qualquer outra de 16 a 65 anos que tenha risco em caso de infecção pelo novo coronavírus, também terão direito de receber a dose de reforço. As vacinas da AstraZeneca, Pfizer e Moderna foram consideradas seguras para a terceira dose, no entanto, especialistas recomendaram a segunda, por considerá-la melhor tolerada e de melhor resposta ao ser utilizada como reforço.
De acordo com o plano do governo, estará apta a receber a vacina pela terceira vez a pessoa que teve a segunda dose injetada há seis meses. Os especialistas avaliarão, no momento em que tiverem em mãos dados suficientes, a ampliação da aplicação da dose para o restante da população.
Além do anúncio sobre a aplicação da terceira dose, o subdiretor médico da Inglaterra, Jonathan Van-Tam, lançou um alerta, em entrevista coletiva nesta terça-feira afirmando que o país deverá ter um inverno “duro”, ao falar à população que a pandemia da covid-19 ainda “está ativa”.