Domingo, 06 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 24 de agosto de 2022
O empresário Salim Mattar, ex-secretário especial de Desestatização do governo Bolsonaro, é o maior doador de campanhas até o momento, apontam dados preliminares do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), coletados nesta quarta-feira (24). Sozinho, o dono da Localiza doou R$ 2,8 milhões.
No ranking de 2022, aparecem em seguida:
– Heitor Vanderlei Linden, sócio da empresa Calçados Beira Rio;
– Armínio Fraga, economista e ex-presidente do Banco Central;
– Alexandre Grendene, empresário da Grendene;
– Ricardo Minatto Brandão, da metalúrgica Brametal.
Do total doado por Mattar a 19 candidatos, a maior parte foi para filiados do partido Novo (R$ 2,1 milhões), mas o empresário também destinou verbas para nomes de outros partidos ligados à direita, como o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL), que concorre ao cargo de deputado federal em São Paulo. O empresário não doou para Jair Bolsonaro.
Heitor Vanderlei Linden, por outro lado só fez uma doação: destinou R$ 2 milhões para o candidato a governador do Rio Grande do Sul Roberto Argenta (PSC). Argenta também recebeu toda a verba doada por Grendene (R$ 1,1 milhão).
Armínio Fraga também fez doações para diversos candidatos: 18, no total. O que recebeu mais até o momento (R$ 200 mil) foi Marcelo Freixo, candidato do PSB ao governo do Rio de Janeiro. Os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Felipe Rigoni (União-ES) receberam R$ 100 mil cada, bem como o ex-ministro da Educação Mendonça Filho (União-PE). Os três concorrem a uma vaga na Câmara.
Já o empresário catarinense Minatto Brandão destinou toda a verba para o governador de Santa Catarina, Carlos Moises (Republicanos), que tenta reeleição.
Desde 2015, após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), não é possível que empresas façam doações para candidatos em eleições. Pessoas físicas, no entanto, podem fazer contribuições, desde que o valor destinado seja até 10% de seu rendimento no ano anterior à eleição.
Propaganda irregular
Em outra frente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nesta quarta (24) que a Justiça Eleitoral recebeu 1.330 denúncias de propaganda eleitoral irregular em todo o país. As irregularidades foram detectadas durante a primeira semana da campanha, entre 16 e 23 deste mês.
As denúncias foram enviadas pelo aplicativo Pardal, ferramenta digital criada em 2014, que permite ao cidadão denunciar reclamações contras as campanhas. Após o recebimento, as queixas serão enviadas ao Ministério Público Eleitoral (MPE).
De acordo com os dados, foram recebidas 425 denúncias referentes a candidatos a deputado estadual, 355 a deputado federal, 100 a governador e 249 a presidente da República.
O maior número de denúncias foi registrado na Região Sudeste (438), seguido pelas regiões Nordeste (367), Sul (245), Centro-Oeste (177) e Norte (103).
O aplicativo Pardal está disponível nas lojas virtuais Apple Store e Google Play ou por meio do site do TSE. Pela plataforma também é possível denunciar compra de votos, abuso de poder econômico e político, uso indevido da máquina pública e dos meios de comunicação durante a campanha. As informações são do portal de notícias G1 e da Agência Brasil.