Por Redação O Sul | 26 de agosto de 2025
Enner Valencia, camisa 13 do Inter, marcou pela última vez na partida contra o Cruzeiro, válida pelo primeiro turno
Foto: Reprodução/InternacionalUm dos principais fatores da má fase do Inter é a baixa eficiência ofensiva, especialmente entre os centroavantes Rafael Borré, Ricardo Mathias e, principalmente, Enner Valencia. Nos últimos 12 jogos, apenas em três houve gols de algum deles: contra o Santos e o Flamengo, com gols de Borré, e contra o Red Bull Bragantino, quando Ricardo Mathias balançou as redes.
O camisa 13 vive um momento delicado. A última vez que o equatoriano marcou foi na estreia do Campeonato Brasileiro, contra o Cruzeiro, no Beira-Rio. Na atual temporada, Valencia soma apenas 7 gols e 1 assistência em 31 partidas. Excluindo o Campeonato Gaúcho, o número cai para apenas 2 gols — desempenho muito abaixo do esperado, especialmente considerando seu salário. Esta é sua pior temporada desde 2019/2020, quando atuava pelo Tigres, do México, e registrou 2 gols e 2 assistências.
Rafael Borré não está muito distante desse cenário. Apesar de ter marcado recentemente, seus números ainda são modestos: 7 gols e 3 assistências. Diferente de Valencia, o colombiano tem mais gols no Brasileirão. Sua pior temporada foi em 2022/2023, um pouco mais recente comparado ao seu companheiro, o camisa 19 marcou 3 gols e distribuiu 4 assistências pelo Eintracht Frankfurt, da Alemanha.
A crise não se limita aos centroavantes. Os atacantes em geral também não vivem grande fase. Enner Valencia e Borré lideram a artilharia entre os atacantes com 7 gols cada. Em seguida aparece Vitinho, com 6 gols — sem marcar desde a vitória por 2×1 sobre o Bahia na Libertadores. Johan Carbonero tem 5 gols, sendo 3 deles em um intervalo de 5 jogos, e Ricardo Mathias aparece com 4.
Na sequência vêm Gustavo Prado (2 gols), Wesley e Wanderson (ambos com 1 gol — este último já transferido para o Cruzeiro), e Lucca, que ainda não marcou na temporada e nem vai marcar com a camisa colorada, e está de saída para o Ceará. Com exceção de Carbonero (24 jogos), Prado (21), Mathias (18) e Lucca (12), todos os demais já ultrapassaram a marca de 30 partidas no ano. O camisa 21 é o que mais atuou, com 38 jogos.
Somando os atacantes que não são centroavantes — Wesley, Prado, Carbonero, Lucca, Vitinho e Wanderson — o grupo marcou apenas 15 gols até agora. Para efeito de comparação, o Vasco da Gama, primeiro time fora da zona de rebaixamento, tem três atacantes que jogam pelo lado (Rayan, Nuno Moreira e David) que juntos somam 16 gols.
Números do ataque em 2025
| Jogador | Jogos | Gols | Média |
| Enner Valencia | 31 | 7 | 0,22 |
| Rafael Borré | 33 | 7 | 0,21 |
| Vitinho | 32 | 6 | 0,18 |
| Carbonero | 24 | 5 | 0,20 |
| Ricardo Mathias | 18 | 4 | 0,22 |
| Gustavo Prado | 21 | 2 | 0.09 |
| Wanderson (hoje no Cruzeiro) | 9 | 1 | 0,11 |
| Lucca (a caminho do Ceará) | 12 | 0 | 0 |
