Sábado, 14 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 27 de dezembro de 2021
Anvisa aprovou a aplicação da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos
Foto: ReproduçãoUma nota técnica assinada pela secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, afirma que a aplicação da vacina contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos é segura. O texto foi enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal).
A posição da secretária, subordinada ao ministro Marcelo Queiroga, vai na contramão dos questionamentos do presidente Jair Bolsonaro, que diz haver “desconfiança” e uma “interrogação enorme” em relação a supostos efeitos colaterais da aplicação do imunizante em crianças.
“Antes de recomendar a vacinação contra a Covid-19 para crianças, os cientistas realizaram testes clínicos com milhares de crianças e nenhuma preocupação séria de segurança foi identificada”, disse a secretária na nota técnica.
Ela afirmou ainda que a análise da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é feita de “forma rigorosa e com toda a cautela necessária”. “As vacinas contra a Covid-19 estão sendo monitoradas quanto à segurança com o programa de monitoramento de segurança mais abrangente e intenso da história do Brasil”, garantiu.
A nota técnica busca subsidiar a posição da AGU (Advocacia-Geral da União) em ação movida pelo PT no STF, que cobra um cronograma de imunização de crianças contra a Covid-19. O ministro Ricardo Lewandowski determinou que o cronograma deve ser definido até 5 de janeiro.
O magistrado também pediu que o governo explique a decisão de recomendar a vacinação de crianças apenas com prescrição médica. A ideia vem sendo defendida por Queiroga. Bolsonaro concorda com a recomendação. Para ele, a decisão sobre vacinar os filhos cabe exclusivamente aos pais. “Eu não posso impor nada para o seu filho menor de idade. Você é o responsável por aquele garoto. Se vai fazer bem ou não, os pais decidem”, disse o presidente na sexta-feira (24).