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Geral Senador flagrado com dinheiro na cueca reassume o mandato após quatro meses e alega inocência

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O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) nega irregularidades. (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) retomou as atividades parlamentares, nesta quinta-feira (18), após uma licença de 121 dias para tratar de assuntos particulares. Ele foi flagrado pela Polícia Federal, em outubro do ano passado, tentando esconder cerca de 30 mil reais na cueca durante a operação.

Na quarta-feira (17), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso decidiu não prorrogar o afastamento do senador do cargo. No entanto, Barroso decidiu que o parlamentar deve manter-se afastado da comissão que discute a destinação de verbas para o enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Nesta quinta, o senador informou ter encaminhado uma carta aos colegas com explicações sobre o ocorrido. No documento, Rodrigues nega irregularidades e diz que agiu dominado “pelo pânico e pelo medo”.

“Tomo a iniciativa de, humilde e respeitosamente, prestar alguns esclarecimentos fundamentais neste momento, visto que as circunstâncias terríveis que assombraram a minha vida me impediram inclusive de poder sequer me defender das brutais e kafkanianas imputações feitas contra mim”, diz Rodrigues. Ele afirma ter recorrido a remédios psiquiátricos para “restaurar o mínimo de sanidade”.

“Confesso que, num dado momento, em meio ao transtorno, fiquei mesmo em dúvida se se tratava de uma operação policial ou de ação de uma quadrilha especializada. Estava dominado pelo pânico e pelo medo. Por aquele momento de desespero, quero pedir desculpas a todos se não consegui manter o comportamento de equilíbrio mais adequado. Poderia ter tido uma reação psicológica melhor? Certamente”, afirma o parlamentar na carta.

“Posso ter cometido atos que, vistos de fora do prisma daquele lugar, naquele momento, com o medo e a responsabilidade de ter de assegurar os recursos destinados ao pagamento dos funcionários de empresa de minha família, podem ser rotulados como ridículos ou lamentáveis”, diz.

Chico Rodrigues foi alvo da Operação Desvid-19, da PF (Polícia Federal), que investiga supostos desvios de aproximadamente R$ 20 milhões em recursos públicos provenientes de emendas parlamentares que seriam destinados à Secretaria de Saúde de Roraima para o combate à pandemia de Covid-19. Rodrigues foi um dos alvos da ação. Durante as buscas e apreensões em Boa Vista, o parlamentar foi flagrado com cerca de R$ 30 mil na cueca.

Em seguida, o senador pediu licença do cargo por 121 dias, decisão que fez o ministro do STF revogar a primeira medida que afastou o senador do mandato por 90 dias.

Na decisão de quarta-feira, o ministro mencionou elementos coletados sobre o envolvimento do parlamentar nas fraudes para justificar a proibição de que ele integre a comissão parlamentar. “Seria um contrassenso permitir que o investigado pelos supostos desvios viabilizados pela atuação na comissão parlamentar voltasse a nela atuar no curso da investigação”, afirmou.

Chico Rodrigues é suspeito de fraude e dispensa indevida de licitações, de peculato e de integrar organização criminosa voltada ao desvio de recursos federais destinados ao combate da pandemia em Roraima.

Mais tarde, em rede social, o parlamentar voltou a se manifestar: “Os fatos objetivos são um só, conforme documentos apresentados: nenhum centavo das emendas foi utilizado, e os valores na minha Declaração de Imposto de Renda descartam as acusações feitas a mim à época. Com a consciência tranquila, após o meu afastamento, cabe a mim agora aguardar, com serenidade, que as investigações sejam concluídas e que a Justiça se manifeste ao final de todo esse processo, e, examinando com a isenção o distanciamento que lhe são característicos, manifeste-se e ponha um ponto final nesse triste episódio”, escreveu Chico Rodrigues. As informações são da Agência Brasil e do STF.

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