Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 5 de novembro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Cada ser humano sabe a melhor maneira de estar em paz com a vida; alguns precisam de um mínimo de segurança, outros se entregam ao risco sem medo. Não existem fórmulas para viver o próprio sonho – cada um, ao escutar seu próprio coração, saberá a melhor maneira de agir. A seguir, algumas histórias a respeito:
Ajudar atrapalha
O escritor americano S.Anderson sempre foi indisciplinado, e só conseguia escrever movido por sua própria rebeldia. Seus primeiros editores, preocupados com a situação de miséria que Anderson vivia, resolveram enviar um cheque semanal como adiantamento de sua próxima novela.
Depois de um mês, receberam a visita do escritor – que devolveu todos os cheques.
– Faz tempo que não consigo escrever uma linha – disse Anderson. – Para mim, é impossível trabalhar com a segurança financeira me olhando do outro lado da mesa.
Nunca pensar no outro caminho
“Uma vez que escolhemos um caminho, precisamos esquecer todos os outros”, dizia o mestre aos seus aprendizes. Lowon, o discípulo que não sabe aprender, escuta com atenção.
Na saída da conferência, Lowon é convidado por um grupo de pessoas para realizar uma palestra num bar.
– Recuso qualquer pagamento – diz Lowon. – Fiz minha escolha, sou um servidor, quero divulgar a palavra da Fé.
O grupo fica contente, vão até o bar, e Lowon dá a palestra. No final, pergunta:
– Apenas por curiosidade, eu gostaria de saber: quanto dinheiro eu recusei?
Ao saber do excelente pagamento que lhe seria feito, Lowon sente-se explorado pelo grupo que o convidou, e vai queixar-se com o mestre.
– Quando a gente faz uma escolha, deve sempre esquecer as outras alternativas. O homem que segue um caminho, e fica pensando no que perdeu ao abandonar os outros, nunca chegará a lugar nenhum – é a resposta do mestre.
Não aceitar as pequenas faltas
O mestre pediu aos seus discípulos que conseguissem comida. Estavam viajando, e não conseguiam se alimentar direito.
Os discípulos voltaram no final da tarde. Cada um trazia o pouco conseguido através da caridade alheia: frutas já podres, pães duros, vinho azedo.
Um dos discípulos, porém, trazia uma cesta de maçãs maduras.
– Sempre farei sempre todo o possível para ajudar meu mestre e meus irmãos – disse ele, dividindo as maçãs com os outros.
– Onde você arranjou isto? – perguntou o mestre.
– Tive que roubá-las. Só queriam me dar alimentos velhos, mesmo sabendo que pregamos a palavra de Deus.
– Pois vá embora com suas maçãs, e não volte nunca mais – disse o mestre. – Aquele que hoje rouba por mim, amanhã terminará roubando de mim.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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