Geral Taxa de desemprego sobe para 7,5% em julho e é maior para o mês em seis anos, diz IBGE
Por Redação O Sul | 21 de agosto de 2015
Desde o início do ano, o desemprego no Brasil só cresce: em julho, chegou a 7,5%, na sétima alta mensal consecutiva. A taxa é a maior para meses de julho desde 2009, quando atingiu 8%, segundo divulgou nessa quinta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em junho, o índice ficou em 6,9% e, no sétimo mês de 2014, em 4,9%. Considerando todos os meses do ano, a taxa de 7,5% é a maior desde março de 2010, quando chegou a 7,6%. “O que está acontecendo neste ano é que a taxa vem crescendo e vem crescendo num ritmo mais intenso do que o observado no ano anterior [2014]. O que está chamando a atenção em 2015 é a intensidade do fenômeno, não o fenômeno em si”, analisou Adriana Araújo Beringuy, técnica da Coordenação de Rendimento e Trabalho do IBGE.
Maior procura
A população desocupada – que está procurando trabalho – atingiu 1,8 milhão de pessoas, um aumento de 9,4% frente a junho e de 56% na comparação com julho do ano passado. Esse foi o maior crescimento anual da população desocupada em toda a série histórica, iniciada em março de 2002, segundo o IBGE. Já a população ocupada ficou estável – em 22,8 milhões – nas comparações.
O movimento indica que muitos brasileiros que não trabalhavam nem procuravam trabalho passaram a disputar vagas com quem já estava no mercado. “É uma procura crescente de trabalho que tanto está sendo influenciada por aquelas pessoas que estão perdendo seu trabalho, mas também influenciada por pessoas que antes estavam na chamada população inativa e saem dessa população e começam a fazer parte da desocupação [buscam por emprego]”, disse Adriana.
Porto Alegre
Na comparação com julho do ano passado, a taxa de desemprego cresceu em Porto Alegre, de 4,3% para 5,9%; Salvador (BA), de 8,9% para 12,3%; São Paulo (SP), de 4,9% para 7,9%; Recife (PE), de 6,6% para 9,2%; Rio de Janeiro (RJ), de 3,6% para 5,7%; Belo Horizonte (MG), de 4,1% para 6%. Em relação a junho último, os rendimentos ficaram estáveis na capital gaúcha e também em Belo Horizonte. Já na comparação anual, o mesmo índice subiu em 1,6% em Porto Alegre, 1,3% em Salvador e teve queda em São Paulo (-3,5%), Recife (-3,0%), em Belo Horizonte (-2,9%) e no Rio de Janeiro (-2,8%).
(Anay Cury e Cristiane Caoli/AG)
