Quarta-feira, 14 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 13 de maio de 2025
A incorporação de alimentos ricos em fibras na alimentação por 4 semanas pode reduzir a presença de “produtos químicos eternos” no corpo, como mostra um estudo publicado na revista científica Environmental Health. Esta dieta consegue diminuir os níveis dos dois tipos mais perigosos da classe de compostos químicos industriais conhecidos como PFAS: o PFOS e o PFOA.
Amostras de sangue
Na pesquisa, a equipe coletou amostras de sangue de 72 participantes (homens adultos com colesterol elevado) no período de 2019 a 2020, no Canadá. Após 4 semanas da primeira coleta, levando em consideração que os adultos mudaram sua dieta para ingerir mais fibras, os pesquisadores analisaram a presença de 17 PFAS.
“A comparação das concentrações de PFAS no início do estudo e após um acompanhamento de 4 semanas mostrou que o total de PFAS detectado diminuiu tanto no grupo controle quanto no grupo de intervenção para colesterol”, escreveram os autores.
Novos estudos
Por outro lado, os pesquisadores ressaltam que são necessários novos estudos para estender os períodos de testagem. Por isso, uma nova pesquisa já está em andamento realizada pela mesma equipe.
“Estudos futuros de intervenção precisam controlar as fontes de exposição a PFAS e estender a ingestão de suplementos alimentares para além de 4 semanas”, concluem.
A classe de PFAS é também chamada de “produtos químicos eternos” pois eles não se decompõem na natureza. Atualmente, existem mais de 9 mil tipos de PFAS. Eles são utilizados para fazer com que um produto se torne antiaderente, impermeável e resistente a manchas.
O PFOS é usado principalmente como impermeabilizante para manter a coloração das roupas, estofados e tapetes, também é usado em revestimento para embalagens de alimentos, em pratos de papel, cortinas de chuveiros, em componentes eletro-eletrônicos, espumas de combate a incêndios, tratamento de imagens, fluidos hidráulicos, produtos de limpeza e em inseticidas. Um estudo anterior encontrou resíduos de PFOS no sangue de mulheres grávidas e nos cordões umbilicais dos bebês. As informações são do jornal O Globo.