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Geral Terra e Lua já dividiram um campo magnético, indica estudo da Nasa

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No final de 2022, espera-se que a população humana na Terra atinja 8 bilhões.(Foto: Reprodução)

Terra e Lua já foram ainda mais ligadas do que são hoje, sugere um novo estudo liderado pela Nasa. De acordo com cientistas, nosso planeta e seu satélite natural dividiram um campo magnético, o que teria garantido o desenvolvimento de vida terrestre. Os achados foram publicados no Science Advances.

Há 4,5 bilhões de anos, a Terra era completamente inóspita: além de ter temperaturas escaldantes e um ar tóxico, ela era bombardeada pela radiação solar. Então Theia, um objeto espacial do tamanho de Marte, se chocou contra o nosso planeta, e parte dos seus detritos se aglutinou no que hoje é a Lua, segundo as principais teorias de atualmente.

Por causa da gravidade, o satélite estabilizou o eixo de rotação terrestre (para se ter uma ideia, um dia por aqui durava apenas cinco horas). Nessa época – cerca de 4 bilhões de anos atrás –, a Lua estava a 128.747 quilômetros de distância, aproximadamente; hoje, ela fica a mais de 383 mil quilômetros.

Foi esse período que os cientistas da Nasa investigaram no seu novo estudo. Ao fazerem uma simulação de como os campos magnéticos da Lua e da Terra se comportavam em sua “infância”, eles chegaram à conclusão de que, em certos momentos, a magnetosfera lunar teria servido como um escudo para proteger nosso planeta das explosões de radiação solar. Isso porque ela e a magnetosfera terrestre estariam conectadas por suas regiões polares.

Sem essa barreira, os ventos solares poderiam remover a nossa atmosfera, que foi uma condição essencial para o desenvolvimento da vida aqui. Esse foi o processo destrutivo pelo qual Marte passou, por exemplo.

Cientistas também acreditam que o campo magnético compartilhado possibilitou uma troca atmosférica entre a Terra e seu satélite. A luz ultravioleta do Sol retiraria os elétrons das partículas neutras da atmosfera superior da Terra; e, assim, essas partículas carregadas poderiam viajar para a Lua ao longo das linhas do campo magnético lunar. Dessa forma, é possível que o satélite tivesse sua própria atmosfera rarefeita nessa época. A descoberta de nitrogênio – o gás mais abundante da nossa atmosfera – em amostras de rochas lunares reforça essa hipótese.

O campo magnético compartilhado pode ter se mantido entre 4,1 e 3,5 bilhões de anos atrás. Conforme o interior da Lua esfriou, o satélite perdeu sua magnetosfera; e isso levou ao desaparecimento da sua atmosfera também.

A pesquisa levanta a possibilidade de outras luas pela Via Láctea terem ajudado seus exoplanetas terrestres a preservarem suas atmosferas e, quem sabe, terem condições habitáveis.

“A Lua parece ter representado uma barreira protetora substancial contra o vento solar para a Terra, o que foi fundamental para a capacidade da Terra de manter sua atmosfera durante esse tempo”, disse Jim Green, cientista-chefe da Nasa e principal autor do novo estudo, em um comunicado. “Estamos ansiosos para acompanhar essas descobertas quando a Nasa enviar astronautas à Lua por meio do programa Artemis, que trará amostras importantes do polo sul lunar.”

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https://www.osul.com.br/terra-e-lua-ja-dividiram-um-campo-magnetico-indica-estudo-da-nasa/ Terra e Lua já dividiram um campo magnético, indica estudo da Nasa 2020-10-18
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