Mundo Terremoto atinge o Alasca e gera alerta de tsunami para a região
Por Redação O Sul | 23 de janeiro de 2018
Um terremoto de 7,9 graus de magnitude na escala Richter atingiu o Golfo do Alasca nas primeiras horas desta terça-feira (23), provocando um alerta de tsunami para parte do Estado norte-americano. Inicialmente, o alerta também foi dado para a Costa Oeste dos Estados Unidos, o Havaí e o Canadá.
Não houve relatos de danos materiais ou feridos, mas moradores de diversas cidades receberam ordens de retirada imediata, uma vez que ondas gigantes podiam ser registradas nas próximas horas. Havia suspeitas de que um tsunami poderia atingir o Havaí ainda nesta manhã.
O tremor foi registrado a 256 quilômetros de Chiniak, a 10 quilômetros de profundidade, às 7h31min no horário de Brasília. Uma rádio da ilha de Kodiak, no Alasca, localizada perto do epicentro do tremor, fez um apelo aos moradores para fugirem das áreas litorâneas.
“Esse é um alerta de tsunami. Não é um exercício. Por favor, fujam para terrenos elevados”, disse o locutor da rádio pública KMXT. Heather Rand, que estava na cidade de Anchorage, a cerca de 580 quilômetros do epicentro do terremoto, relatou à rede CNN que foi o tremor mais forte que já sentiu: “Foi muito longo e aumentava lentamente. Assustador, mais do que qualquer coisa. Definitivamente, o mais longo que já senti, e eu nasci aqui”.
Enquanto isso, o Centro Nacional de Alerta de Tsunami lançou um alerta para a maior parte do Litoral Sul do Alasca, as ilhas Aleutas e a província canadense de Columbia britânica. Emitiu ainda um aviso de vigilância para toda a costa pacífica dos Estados Unidos, da fronteira com o México até a fronteira com o Canadá. Agora, as preocupações já foram descartadas.
Por sua vez, a agência meteorológica do Japão informou que monitoraria a situação, mas não emitiu alerta de tsunami. Em 1964, um sismo de 9,2 graus de magnitude no Alasca, seguido de um tsunami, deixou 125 mortos.
Itália
Em 2017, a Itália registrou 44.459 terremotos, um a cada 12 minutos, segundo dados divulgados na segunda-feira (22) pelo INGV (Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia), órgão responsável pelas medições sísmicas no país.
O número representa uma queda de 16% em relação aos 53 mil abalos de 2016, mas foi quase o triplo dos 15 mil tremores verificados em 2015. Em 2017, cinco terremotos tiveram magnitude igual ou superior a 5 graus na escala Richter, enquanto outros 21 ficaram entre 4 e 4,9 graus.
A maioria dos sismos teve menos de 3 graus de magnitude, ou seja, foi quase imperceptível. Além disso, cerca de 37 mil tremores (mais 80%) foram réplicas da sequência sísmica na Itália Central, iniciada em 24 de agosto de 2016, com o terremoto em Amatrice, que matou 299 pessoas.
“Os dados atuais nos dizem que a atividade sísmica nas regiões centrais está diminuindo, mas serão necessários alguns anos para voltar aos níveis pré-sequência”, explica Concetta Nostro, sismóloga do INGV.
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