Sábado, 05 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 10 de janeiro de 2021
Um terremoto de 6,1 graus foi registrado às 00h54 deste domingo (10) na cidade de San Antonio de Los Cobres, no noroeste da Argentina, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).
A cidade, próxima da fronteira com o Chile, fica a 1.623 quilômetros da capital do país, Buenos Aires. O tremor ocorreu a uma profundidade de 217 quilômetros e teve epicentro a 37 quilômetros a noroeste da cidade. Não há até o momento informações sobre danos materiais ou feridos.
Outros terremotos de menor intensidade foram registrados no Chile, também na madrugada deste domingo. Um deles, com 4,5 graus, foi a 79 quilômetros ao leste de Arica, na região norte do país e a 2.035 quilômetros da capital, Santiago. O abalo aconteceu a 118,5 quilômetros de profundidade e foi registrado, de acordo com o USGS, às 00h27, também pelo horário local.
Um segundo terremoto, com 4,7 graus, teve epicentro a 41 quilômetros ao oeste da cidade de Santa Cruz, a 182 quilômetros ao Sul da capital chilena. O tremor teve profundidade de 41,5 quilômetros, e foi registrado às 5h15, também pelo horário local. Nos dois casos, também não há registros de danos ou feridos.
Coronavírus
A Argentina decidiu fechar fronteiras terrestres para quem saiu do país depois de 25 de dezembro. A decisão faz parte de um novo pacote de restrições que inclui recomendação de toque de recolher. A medida afeta brasileiros residentes na Argentina que saírem do país por terra e argentinos que viajarem de férias ao Brasil de carro ou ônibus, com retorno previsto antes de 31 de janeiro. Os turistas brasileiros continuarão sem poder entrar na Argentina, seja por via terrestre ou aérea.
O brasileiro que reside na Argentina, mas que pretender viajar ao Brasil para visitar a família, por exemplo, não poderá retornar por terra. O mesmo vale para milhares de turistas argentinos que, a cada temporada, viajam de carro com a família para as praias de Santa Catarina. Para esses casos, a única alternativa será de avião a Buenos Aires. Por via terrestre, só poderá regressar à Argentina quem saiu antes de 25 de dezembro.
Ainda assim, o turista brasileiro que tinha passagem aérea comprada para Buenos Aires com embarque em janeiro terá de cancelar a viagem, já que nenhum turista poderá entrar na Argentina até, pelo menos, 31 de janeiro. Mesmo os argentinos que retornarem via aérea deverão apresentar teste de PCR negativo e ficar em quarentena obrigatória por sete dias.
O pacote de novas regras para as fronteiras chegou depois do decreto que também recomenda novas restrições para os argentinos, internamente. O presidente Alberto Fernández transferiu aos governadores a responsabilidade de aplicarem toques de recolher, medida resistida por estar associada aos tempos sombrios da ditadura.
O toque de recolher, previsto pelo governo inicialmente entre as 23h e as 6h, era chamado pelo próprio presidente Alberto Fernández por “toque sanitário”, um eufemismo para evitar a carga de uma medida própria do último regime militar, quando regia o estado de sítio. A Argentina teve uma das mais sangrentas ditaduras da região que, entre 1976 e 1983, provocou 30 mil mortos, número já superado pelas vítimas do coronavírus.