Segunda-feira, 21 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 14 de agosto de 2015
Muitas situações que proporcionam prazer também implicam riscos — e com o sexo não é diferente. No recém-lançado livro “Viver é perigoso?” (Editora Três Estrelas, 416 páginas, preço sugerido: 52,90 reais), o jornalista britânico Michael Blastland e o estatístico David Spiegelhalter, professor da Universidade de Cambridge (Inglaterra), apresentam um dado curioso: um em cada 45 infartos ocorre durante o ato sexual. Apesar de o perigo existir, médicos garantem que não há motivo para medo: apenas pessoas com histórico de doenças cardiovasculares precisam tomar cuidados para evitar problemas na hora H.
De acordo com a cardiologista e geriatra Elizabete Viana de Freitas, o sexo nada mais é do que uma atividade física, que provoca aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial como um exercício qualquer. Por isso, quadros de hipertensão, arritmias, alterações nas válvulas do coração, angina, insuficiência cardíaca grave e episódio de infarto nas quatro semanas anteriores são complicações de saúde que exigem orientação médica antes da prática sexual.
“Quem já tem alguma intercorrência cardíaca deve consultar um especialista para ver a necessidade de se submeter a um teste ergométrico e saber o nível de esforço que pode fazer no sexo. Quem não tem problemas não precisa se preocupar”, explica Elizabete, doutora em Medicina e membro do conselho consultivo da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
Em caso de cardiopatia, o controle da doença com reabilitação cardíaca e medicamentos, conforme indicação médica, é essencial para garantir uma vida sexual segura.
“Uma pessoa que pratica atividade física regularmente não vai ter aumento de risco de infarto durante o ato sexual”, destaca a especialista, que afirma ainda que situações que envolvem estresse, como estar em uma transa extraconjugal ou querer impressionar o parceiro, elevam as chances de infarto no sexo. (AG)