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Mundo Um diamante de 910 quilates foi encontrado na África: é a quinta pedra de melhor qualidade do mundo

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Pedra preciosa é da categoria Type IIa. (Foto: Reprodução)

A companhia britânica Gem Diamonds Limited anunciou, nessa segunda-feira, que extraiu um diamante de 910 quilates da mina de Letšeng, no Lesoto, no Sul da África. Ao revelar a pedra para mercado e admiradores, a empresa garantiu se tratar da quinta gema de melhor qualidade do mundo.

Ainda sem nome, o diamante tem “qualidade excepcional”, na avaliação da companhia. O achado pertence à categoria Type IIa, que compreenderia apenas 2% das pedras preciosas já extraídas. A peça, da cor D, se destaca pela pureza e pela transparência.

A mina de Letšeng foi adquirida pela companhia em 2006. O diamante anunciado nessa segunda-feira, segundo a empresa, é o maior encontrado no local desde então. “Isso é um marco para empregados, acionistas e para o governo de Lesoto, nosso parceiro”, frisou o CEO da marca, Clifford Elphick, no anúncio.

O analista Ben Davis, da Liberum Capital, especializado na avaliação de pedras, enviou uma nota a investidores que precifica o diamante em mais de 33 milhões de euros (cerca de R$ 125 milhões).

Pedras preciosas contam os mistérios da Terra

Por volta de 1920, o experiente mineiro Justo Daza e o engenheiro de minas Fritz Klein subiram os terraços íngremes da montanha de Chivor, um lendário berço de esmeraldas no nordeste da Colômbia. Ali, quebraram rochas com longos canos de ferro e explosivos colocados em furos no solo. Vinham procurando por veios de esmeralda e não haviam encontrado nenhum.

“Vamos seguir em frente, disse Klein. Esta área está morta.” “Não, não, não”, insistiu Daza. “Há esmeraldas aqui, eu sei.” Klein encolheu os ombros: “Certo, mais uma tentativa, mas depois chega”.

Eles aumentaram a dose de explosivos e abriram um buraco que revelou o brilho promissor de um veio do mineral. Klein colocou o braço no buraco e começou a vasculhar. Recolheu pedaços de quartzo, feldspato e apatita – um fosfato mineral parecido com o encontrado em ossos e dentes.

Forçou o braço mais para dentro do buraco até que, finalmente, sua mão se fechou em torno de algo grande, denso, facetado e emocionante. Sem nem olhar, ele sabia que segurava uma pedra verde.

Os garimpeiros haviam descoberto o que seria chamada de Esmeralda Patricia, um deslumbrante cristal de 12 lados com mais ou menos o tamanho de uma lata de sopa, com 632 quilates (mais de cem gramas) e um verde tão puro e vívido que qualquer um poderia jurar que a pedra estava fazendo fotossíntese.

Klein vendeu a descoberta por milhares de dólares, enquanto Daza, previsivelmente, “recebeu US$10 e uma mula”, afirmou Terri Ottaway, curador do museu do Instituto Gemológico da América.

No entanto, o público conseguiu o melhor negócio de todos: anos mais tarde, a pedra foi doada para o Museu Americano de História Natural de Nova York. Hoje, Patricia permanece como uma das maiores esmeraldas não cortadas do mundo e vai se tornar uma das estrelas em destaque quando a reforma dos salões de gemas e minerais do museu estiver concluída em 2019.

Em sua beleza bruta, Patricia contém uma característica frequentemente negligenciada nas pedras, especialmente as chamadas “preciosas” – diamantes, rubis, safiras e esmeraldas. Podemos desejá-las para adorno pessoal e símbolo de status, podemos impregná-las com romance, exotismo e a excitação dos roubos de joias mostrados por Hollywood.

Seu poder real, no entanto, está no que elas revelam sobre aquilo que as forjou: o planeta Terra.

Mas essas impurezas garantem às pedras sua cor e características, “e nos dão informações vitais sobre a própria estrutura dos cristais”, completa.

Para os cientistas, uma pedra é uma mensagem em uma garrafa. Só que a mensagem é a garrafa, uma pista brilhante das forças físicas, químicas e tectônicas extremas que agem nas profundezas do subterrâneo.

Além disso, várias das qualidades que ajudaram a levar as “quatro grandes” à proeminência – sua dureza excepcional, a profundidade e o brilho de sua cor, o fato de serem raras – também são fundamentais para seu valor científico.

Gemas preciosas nascem do conflito, de casamentos forçados entre elementos químicos hostis, e são duras o suficiente para sobreviver a cataclismos que destroem tudo ao seu redor.

As regras da ciência das gemas não estão gravadas na rocha. Nos últimos tempos, os pesquisadores ficaram surpresos ao descobrir que alguns dos maiores e mais valiosos diamantes, que podem ser vendidos por centenas de milhões de dólares, nasceram há mais de 400 quilômetros sob a superfície, duas vezes a profundidade estimada para as maternidades de diamantes da Terra.

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