Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
24°
Sunny

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral “Um erro bancário me fez milionário – e gastei tudo com carros, bebidas e drogas”

Compartilhe esta notícia:

Jovem gastou quase 5 milhões de reais em dois anos (foto: reprodução)

O australiano Luke Brett Moore tinha acabado de ser demitido quando descobriu que seu banco lhe concedera – por engano, sem que ele soubesse – a possibilidade de ter crédito ilimitado. Na época, em 2010, ele tinha uma conta corrente comum em um banco através da qual pagava a hipoteca da casa, o seguro de saúde e outras contas.

Ele diz que andava preocupado porque não tinha dinheiro para pagar a hipoteca, mas que o banco pagou assim mesmo. Isso acabou se repetindo durante os 12 meses seguintes – suas contas eram pagas e sua conta bancária ficava cada vez mais no vermelho sem que o banco mencionasse algum problema.

Um dia, Moore ligou para a empresa que lhe concedera o crédito imobiliário, pedindo que eles colocassem 5 mil dólares australianos (12,5 mil reais) em sua conta no banco. E ficou surpreso ao perceber que o fizeram. Alguns dias depois, ele ligou de novo pedindo para que retirassem 50 mil dólares australianos (125 mil reais). O pagamento também foi autorizado. “Fiquei chocado. Descobri que tinha acesso a uma extraordinária linha de crédito”, relembra.

A partir daí, Moore passou a viver como um milionário. Ele fez mais de 50 saques, totalizando 1,9 milhão de dólares australianos (4,7 milhões de reais). Moore se mudou para Gold Coast, cidade litorânea localizada na costa leste da Austrália. “Era realmente incrível. Estava fazendo o que a maioria dos jovens da minha idade faz quando tem muito dinheiro. Estava me divertindo e festejando”, relata, dizendo que gastou milhares de dólares australianos com mulheres, álcool e cocaína. Também comprou um barco.

Ele conta que toda vez que pedia dinheiro ao banco, conseguia. “Eu não esperava que fizessem isso, mas faziam.” No começo, a mãe do australiano achou que ele estava traficando drogas. Mas, com o tempo, ficou claro que era outra coisa. “As pessoas mais próximas aprenderam rapidamente meu lema: não pergunte nada e não diga nada.”

De tantas preciosidades que tinha, seu quarto foi descrito pela imprensa local como “caverna de Aladim”.

Segundo Moore, muitas das coisas que tinha no quarto eram para ser vendidas na loja que abrira em Surfer’s Paradise, um bairro no subúrbio de Gold Coast. “Havia, de certo modo, uma ideia de negócio por trás do que eu estava fazendo”, diz.

Condenação

Em dezembro de 2013, aproximadamente dois anos depois de obter o crédito ilimitado, Moore recebeu uma visita de policiais. Eles chegaram armados, empurraram sua mãe contra a parede e filmaram a abordagem, de acordo com ele. Moore foi detido e levado à delegacia, onde passou a noite. “A polícia passou pela casa e apreendeu todos os meus pertences”, recorda.

No dia seguinte, pagou fiança e foi liberado. Algum tempo depois, em fevereiro de 2015, foi considerado culpado por obter vantagem financeira por meio de um engano e por comercializar produtos do crime – e condenado a quatro anos e meio de prisão.

Moore classifica como “horríveis” os seis meses que passou atrás das grades. Ele diz que tentou sair da cadeia desde o dia em que foi preso. “Eu li a maior quantidade de livros de direito que pude. Li a Lei de Fiança e a Lei de Crimes e reconstruí meu caso”, explica Moore, emendando que o primeiro objetivo dele era conseguir liberdade provisória. Sabia que seria difícil, com base nos casos que estudou.

Ele preparou por conta própria sua defesa e a entregou para um advogado, que se limitou a apresentar a papelada ao tribunal. Não apenas conseguiu o direito de recorrer em liberdade como acabou sendo absolvido. “Pela lei australiana, eu não tinha obrigação legal de informar ao banco o que estava acontecendo”, explica.

O australiano se diz arrependido. “Eu não faria novamente se tivesse a oportunidade. Destruiu minha vida e a da minha família. Não valeu a pena.”

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

Ex-prefeito e ex-presidente da Câmara de Vereadores de Bagé tiveram os direitos políticos suspensos por nepotismo
Procissão de Navegantes reúne mais de 100 mil pessoas em Porto Alegre
https://www.osul.com.br/um-erro-bancario-me-fez-milionario-e-gastei-tudo-com-carros-bebidas-e-drogas/ “Um erro bancário me fez milionário – e gastei tudo com carros, bebidas e drogas” 2017-02-02
Deixe seu comentário
Pode te interessar