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Geral Ex-estagiário da Nasa vai leiloar fitas raras com imagens da chegada do homem à Lua

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Estimativa é que leilão arrecade US$ 500 mil. Desde que foram compradas em 1976, fitas foram reproduzidas apenas três vezes. (Foto: Sotheby's/Divulgação)

A casa de leilões Sotheby’s de Nova York colocará à venda no dia 20 de julho as fitas de vídeo que estão em melhor estado com as imagens da chegada da missão espacial Apollo 11 à Lua e dos primeiros passos do homem no satélite natural da Terra, com o objetivo de comemorar o aniversário de 50 anos deste evento histórico.

“Este é um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade”, disse o astronauta Neil Armstrong no momento em que pisou na Lua, como mostram as duas horas e 24 minutos das três fitas combinadas, que também incluem a chamada de longa distância para o presidente dos Estados Unidos na época, Richard Nixon, e hasteamento da bandeira americana.

As três fitas – que não foram restauradas, nem aumentadas ou remasterizadas – são as únicas restantes da primeira geração de gravações do passeio lunar e são mais nítidas do que as imagens que sobreviveram às transmissões pela televisão de então, as quais perderam qualidade, tanto de vídeo como de áudio.

As fitas foram compradas diretamente da Nasa (agência espacial norte-americana) em um leilão em 1976 por US$ 217,77 (R$ 835 atualmente) pelo colecionador Gary George, um estudante de engenharia na época que trabalhava como estagiário na Nasa e que comprou um lote de 65 caixas de fitas com a intenção de gravar por cima do conteúdo.

George se desfez de muitas, mas identificou em três delas imagens da chegada da Apollo 11 e agora estima-se que podem ser vendidas por US$ 500 mil.

Desde que foram compradas em 1976, essas fitas foram reproduzidas apenas três vezes, explicou a Sotheby’s em comunicado.

“As três fitas de duas polegadas Quadruplex dão para a audiência como era a sensação de ver o monitor de tela grande no Controle da Missão, que mostrava imagens mais claras com um maior contraste que as mostradas na televisão para 500 milhões de pessoas”, diz a casa de leilões.

“O que lembramos universalmente sobre esse evento está melhor documentado nestas fitas. Um momento glorioso que uniu as pessoas da terra em paz como testemunhas de uma das grandes façanhas da humanidade”, declarou a vice-presidente do departamento de Livros e Manuscritos da Sotheby’s, Cassandra Hatton.

Curiosidades

“Decidimos ir à Lua não porque é fácil, mas porque é difícil”, disse o ex-presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy (1917-1963) em setembro de 1962. A frase ficou na memória de várias gerações em relação ao evento histórico.

Mas a meta vinha acompanhada de um prazo: levar um homem à Lua e trazê-lo de volta à Terra até o fim da década.

Kennedy foi assassinado no ano seguinte e nunca chegou a saber se seu país ganhou a corrida espacial contra sua rival, a União Soviética, que já havia realizado dois feitos ao colocar em órbita o primeiro satélite, o Sputnik, em 1957, e ao mandar o primeiro homem ao espaço, Yuri Gagarin, em 12 de abril de 1961.

Envelopes assinados 

Apesar dos seguros terem sido criados para indenizar aqueles que se arriscavam a empreender viagens pelos mares do mundo, as empresas seguradoras resistiram a prestar seus serviços a outro tipo de viajante, o do espaço. Esta aventura lhes pareceu perigosa demais.

A Nasa deu aos astronautas um seguro de vida básico, mas Armstrong, Aldrin e Collins continuavam preocupados com o futuro de suas famílias caso ocorresse um desastre.

Eles assinaram então envelopes comemorativos da missão, adornados com imagens e selos sobre a Apollo 11. Assim, se morressem, suas famílias poderiam vendê-los a colecionadores.

Discurso

Os astronautas não foram os únicos a se planejar para o pior. Se tudo falhasse, quem deveria comunicar isso ao mundo seria o presidente americano na época, Richard Nixon (1913-1994) – e não seria um bom momento para improvisar.

O responsável pelos discursos presidenciais, Bill Safire (1929-2009), preparou o texto que ninguém queria escutar, lamentando a morte de Armstrong e Aldrin caso eles ficassem presos na Lua. Safire havia falado com a Nasa e sabia que havia uma boa chance de que isso ocorresse.

O texto “Em caso de desastre lunar” usa palavras edificantes para elogiar a valentia o sacrifício e o espírito explorador dos astronautas.

Bomba nuclear a bordo

O foguete Saturn 5 levou a Apollo 11 ao espaço. Era tão poderoso que equivalia a pilotar uma bomba nuclear.

Pesava mais de 2,8 milhões de quilos. Com 111 metros de altura, superava em 18 metros a Estátua da Liberdade. Funcionava em três etapas, e cada uma se separava da nave depois de realizar seu trabalho.

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