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Carlos Alberto Chiarelli Um notório execrável

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Putin, hoje, é o homicida coletivo mais perigoso que o mundo conhece. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Há um chefe de estado de um país grande, mas que não é um grande país; cujo nome, hoje, quando pronunciado, provoca uma sensação de visível desagrado no interlocutor.

O dito nos permite realizar uma digressão, posto que não são tão raras as figuras que, na condição de chefes de estado ou chefes de governo, passam a ser notórios, uma vez que a mídia vai alcançá-los pelo seu peculiar destaque. As razões para tanto vêm de uma situação privilegiada: o líder político, quando tal ocorre, pelo fato de o seu país ver-se vitimado pelo ativar de um vulcão, há muito desativado, força, ante o temor que provoca, a surpreendente ação da natureza. Gera um noticiário e, por consequência, um primeiro ministro, ante o ocorrido, tem de movimentar-se, ganhando, portanto, seguro espaço decorrente dessa rebeldia da natureza.

E assim por diante. Vencendo o escritor de um determinado país com sua obra, surge a notícia que se lhe foi outorgado o prêmio Nobel de Literatura. Naturalmente, nos lugares onde não há censura de imprensa e que não costumam alcançar essa valiosa premiação, a notoriedade envolverá não só o autor da obra, mas também dirigentes do próprio país.

E assim por diante. No já citado, em que ressaltei a figura merecedora do literato a quem se outorgou pelo voto de um júri universal, o prêmio, que é consagrador, o destaque o é pelo bem que fez ou por algo inusitado – e positivo – que decorre de sua performance criativa.
No entanto, o que desejo referir prioritariamente é a situação oposta: uma desprezível figura, por exemplo, o pérfido presidente da Rússia, Putin, que tem uma maligna notoriedade.

Há doze anos, ditador produz um lamentável mal maior em que se opõe à liberdade individual – e proíbe que dela desfrutem os cidadãos –, impedindo que os russos tenham acesso direto a uma democracia libertária. Não deixa cinicamente de armar um espetáculo nacional teatral que se “vende” para os países que lhe são subordinados: a farsa de eleições em que a fraude é uma constante, ainda que o presidente soviético fale dela com o cinismo que lhe é peculiar, outorgando-lhe a representação democrática. Aos opositores, condena sem processo contencioso, sem respeitabilidade de um poder judiciário, completamente submisso e corrupto.

Há pouco mais de 30 dias, o jovem líder, Navalny, que, por ser crítico do governo e das ações de Putin, representando cidadãos que ousavam exercer seu direito de opinar, morreu. O líder Navalny estava, com muitos outros presos na gélida Sibéria, sem qualquer proteção contra o frio devastador, obrigado a exercícios na área externa do presídio e, por isso, evidentemente, contraiu uma doença seríssima. Não teve o direito de ser medicado e muito menos de ser levado à hospitalização em Moscou. A consequência foi óbvia. Por esse sórdido mecanismo, Putin matava mais um líder russo que cometera o pecado de oferecer a sua vida em defesa do direito à cidadania.

Além disso, como corrupto, Putin inventou uma fórmula de governo na qual ele é proprietário majoritário das maiores empresas russas que, por outro lado, estão blindadas contra a concorrência. O lucro é certo e o destinatário não é outro senão o presidente.

É, assim, empresário de lucro certo. Firme na postura de impedir que organizações privadas e livres se apoderem do direito de, limpamente, concorrerem no mercado econômico; fazendo delas sempre inviáveis, em termos de êxito, na concorrência com as firmas presidenciais.
Originado das poderosas organizações históricas, como a execrável KGB, onde se especializou na denúncia vazia, eliminando seus colegas e perseguindo quem tinha o mérito de crescer por valor próprio.

Putin, hoje, é o homicida coletivo mais perigoso que o mundo conhece. Ameaça a sociedade universal com suas armas atômicas. Jamais aceitou o respeito pela maioria. Mata e manda matar sem qualquer resguardo moral ou fundamento de razão. Dele, é a notoriedade mais criminosa e mais rejeitada.

Carlos Alberto Chiarelli foi ministro da Educação e ministro da Integração Internacional (E-mails para carolchiarelli@hotmail.com)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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