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Saúde Vacina da Janssen oferece proteção tão completa quanto imunizantes da Pfizer e da Moderna

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Toda população acima de 40 anos que tomou a Janssen no esquema primário deverá tomar um terceiro reforço. (Foto: Reprodução)

Cerca de 17 milhões de americanos receberam a vacina da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, contra a covid e, tempos depois, souberam que era a menos protetora das opções disponíveis nos Estados Unidos. Mas novos dados sugerem que a vacina agora está prevenindo infecções, hospitalizações e mortes pelo menos tão bem quanto as vacinas Pfizer/BioNTech e Moderna.

As razões não estão claras e nem todos os especialistas estão convencidos de que a vacina se redimiu. Mas os dados acumulados oferecem uma garantia considerável às pessoas que receberam a vacina e, se confirmados, têm amplas implicações para sua aplicação em outras partes do mundo.

A Johnson & Johnson fechou pelo menos temporariamente a única fábrica que produz lotes utilizáveis da vacina. Mas a Aspen Pharmacare, com sede na África do Sul, está se preparando para fornecer grandes quantidades ao resto do continente. Apenas cerca de 13% dos africanos estão totalmente vacinados e apenas cerca de 1% recebeu uma dose de reforço.

A vacina Johnson & Johnson foi anunciada como uma opção mais interessante para comunidades com acesso limitado a cuidados de saúde, incluindo algumas nos Estados Unidos, devido à sua facilidade de entrega e efeitos colaterais leves. Mas teve um caminho acidentado.

A injeção parecia produzir uma resposta imune inicial mais fraca, e mais pessoas que receberam a vacina de dose única tiveram infecções graves, em comparação com aquelas que receberam duas doses de Pfizer ou Moderna, as vacinas de RNA mensageiro.

Em abril, autoridades federais de saúde nos Estados Unidos e na África do Sul interromperam a distribuição da vacina J&J enquanto examinavam relatos de um raro distúrbio de coagulação do sangue em mulheres. Embora os dois países tenham retomado a vacinação logo depois, a reputação da vacina nunca mais se recuperou totalmente.

Mas a noção de que a vacina é inferior ficou ultrapassada, disseram alguns especialistas. Dados mais recentes sugerem que ela tem se mantido à altura das concorrentes.

“Estamos cientes de que a J&J foi meio que rebaixada na cabeça das pessoas”, disse Gail-Bekker. Mas “ela supera as expectativas para uma vacina de dose única”.

Até junho, os dados cumulativos do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) mostraram que a imunização com a vacina Moderna resultava nas taxas mais baixas de infecções graves; as pessoas que tomaram Johnson & Johnson tiveram as taxas mais altas, com a Pfizer/BioNTech em algum lugar no meio.

Durante os meses de verão, as diferenças – particularmente entre a J&J e a Pfizer – começaram a diminuir. Até agora, todas as vacinas parecem estar funcionando igualmente bem contra infecções por coronavírus; na verdade, a Johnson & Johnson parece estar se saindo um pouco melhor.

Em 22 de janeiro, segundo os dados mais recentes disponíveis, as pessoas não vacinadas tinham 3,2 vezes mais chances de serem infectadas do que aquelas que haviam tomado a vacina de dose única da Johnson & Johnson. Elas tinham 2,8 vezes mais chances de serem infectadas do que as que haviam recebido duas doses da vacina Moderna e 2,4 vezes mais do que as pessoas com duas doses de Pfizer/BioNTech. No geral, a vacina da Johnson & Johnson parecia ser um pouco mais protetora contra a infecção do que as duas alternativas.

Entre os americanos que receberam doses de reforço, todas as vacinas pareciam ter aproximadamente a mesma eficácia contra a infecção. A dose de reforço não acrescentou muito ao nível anterior de proteção da Johnson & Johnson (embora os dados não indiquem quem recebeu qual tipo de dose de reforço).

Os dados foram coletados pelo CDC em 29 jurisdições, representando 67% da população.

“Os dados do CDC se somam ao crescente corpo de evidências que indicam que a vacina Johnson & Johnson contra a covid-19 fornece proteção durável contra infecções e hospitalizações”, disse a empresa em comunicado.

Os resultados indicam que a vacina J&J merece um olhar mais atento, disse o Dr. Larry Corey, especialista em desenvolvimento de vacinas no Fred Hutchinson Cancer Research Center, em Seattle.

“Esta plataforma de vacinas pode ter algumas características surpreendentes que não havíamos previsto”, disse ele. Os dados “são interessantes, instigantes e precisamos dedicar mais tempo para entendê-los”.

Corey disse que os resultados coincidem com sua experiência na pesquisa de HIV, com o adenovírus que forma a espinha dorsal da vacina Johnson & Johnson. “Tem durabilidade muito maior do que quase qualquer outra plataforma com a qual já trabalhamos”, disse ele.

Os cientistas estão apenas começando a entender por que o perfil da vacina está melhorando com o passar dos meses.

Os níveis de anticorpos disparam nas primeiras semanas após a imunização, mas depois diminuem rapidamente. A vacina J&J pode produzir anticorpos que declinam mais lentamente do que os produzidos pelas outras vacinas, sugerem algumas pesquisas. Ou esses anticorpos podem se tornar mais sofisticados ao longo do tempo, por meio de um fenômeno biológico chamado maturação de afinidade.

Talvez, sugerem alguns pesquisadores, a vacina tenha oferecido uma defesa mais robusta contra a variante ômicron, responsável pelo enorme aumento de infecções nos últimos meses. E estudos mostraram que a vacina treina outras partes do sistema imunológico pelo menos tão bem quanto as outras duas vacinas.

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