Segunda-feira, 07 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 11 de outubro de 2020
O Pix é um novo sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo Banco Central (BC) que está sendo implementado no Brasil. O sistema começa a funcionar no dia 16 de novembro, mas o cadastro já começou na semana passada e poderá ser feito a qualquer momento nas instituições financeiras.
O novo meio de pagamentos é para pessoas físicas e jurídicas, e irá permitir transferências e pagamentos instantâneos 24 horas por dia e sete dias por semana. Uma opção a mais para transferir recursos e fazer pagamentos, assim como o boleto, cartão de débito, o TED e DOC e até mesmo o dinheiro em espécie. Não é uma opção para crédito, como o cartão de crédito, por ser um pagamento instantâneo.
A identificação para fazer as operações será por meio da chave Pix. Há quatro tipos de chave: CPF ou CNPJ, e-mail, número de celular e uma chave de segurança aleatória de números e letras. No momento da transferência, em vez do usuário ter que informar nome, CPF, número da conta e da agência, como é feito atualmente, apenas terá que colocar a chave Pix que está cadastrando agora.
A pessoa física pode ter cinco chaves para cada conta da qual for titular. Para pessoa jurídica, o limite é de 20 chaves por conta.
Caso o usuário tenha mais de uma conta, é possível vincular chaves distintas em diferentes contas. No entanto, não é possível vincular a mesma chave a mais de uma conta. Por exemplo, não será possível utilizar o telefone celular como identificação em uma conta corrente em um banco e o mesmo número em outro banco. Por isso, é preciso analisar com cuidado qual chave irá escolher para cada instituição financeira.
É possível vincular todas as chaves a uma conta única. Neste caso, o usuário irá receber todas as transferências nessa conta, não importando qual a chave que será dada à pessoa que fará a transação.
O Pix promete revolucionar o mercado não só por ser instantâneo, mas por ser gratuito na maioria dos casos. O Banco Central instituiu que apenas poderão ser cobradas tarifas no Pix quando a transação for realizada por meio de canais de atendimento presencial ou pessoal da instituição, ou quando a transação for de recebimento de recursos, com a finalidade de compra. Empresas também podem ser cobradas se houver envio e recebimento de recursos e na prestação de serviços acessórios relacionados ao envio ou ao recebimento de recursos.
“Isso será uma ferramenta de inclusão financeira muito importante. Milhões de pessoas acabaram de ser bancarizadas pelo auxílio emergencial e agora terão o incentivo de manter a sua conta e usá-la, porque não tem mais custo”, afirma Thiago Alvarez, fundador e presidente da fintech de gestão pessoal Guiabolso.
É seguro?
A chave Pix deverá ser passada para a pessoa com que se deseja fazer a transferência ou pagamento. E ela pode ser um dado pessoal, como CPF, número de telefone ou email pessoal. Ou pode ser um email criado especificamente para isso ou uma chave aleatória. Muitas pessoas estão se perguntando senão seria melhor usar essas opções não pessoais para o Pix e evitar que pessoas usem os dados pessoais de forma maliciosa.
Em nota, o Banco Central (BC) informou que é seguro usar qualquer chave Pix. Porém, pode ser que o cliente não se sinta à vontade de informar o CPF ou o número do celular a um desconhecido. Então, se quiser, o cliente pode cadastrar a chave aleatória para informar ao comércio ou a alguém com quem ele faça negócio.Também há a opção de cadastrar CPF ou e-mail ou número de telefone para informar aos conhecidos.
A chave aleatória é uma forma receber um Pix sem precisar informar quaisquer dados pessoais ao pagador. Ela será um conjunto de números, letras e símbolos gerados aleatoriamente que identificará sua conta e que poderá ser utilizado para o recebimento de recursos. As instituições financeiras geram esse código. Lembrando que a chave não é necessária para fazer a transação, podendo ser usado os dados de transferências (agência, conta, CPF) normalmente.