Sábado, 05 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 28 de agosto de 2019
A polícia francesa conseguiu neutralizar um “botnet”, uma rede de computadores hackeados que incluía quase um milhão de máquinas, principalmente localizadas na América Latina. As informações são das agências de notícias AFP e Reuters.
De acordo com a polícia francesa, mais de 850.000 computadores foram liberados do botnet que os conectava de maneira clandestina. E o número pode aumentar.
“É uma grande operação pelo número de computadores envolvidos”, explicou à AFP Gérôme Billois, analista francês de segurança cibernética da empresa Wavestone.
Ele afirmou que a operação mostra um “alto nível de perícia” dos hackers, que utilizaram uma forma de operação criativa depois que foram advertidos originalmente pelo programa antivírus tcheco Avast.
De acordo com a polícia e o Avast, o caso começou quando o programa antivírus informou a força de segurança no início de 2019 sobre a presença na região de Paris de um servidor que comandava uma rede de computadores infectados, principalmente na América Central e América do Sul.
A polícia e o Avast informaram que a rede de computadores infectados permitia aos hackers gerar principalmente criptomoedas Monero.
A operação foi possível graças a uma falha de segurança no software usado pelos hackers, que estão sendo identificados em investigações que ainda não chegaram ao fim, indicou a polícia.
Armazenamento de dados
França e Alemanha farão propostas nos próximos meses para investir dinheiro público em instalações de armazenamento de dados, a fim de afastar a Europa de centros de dados estrangeiros e estimular o investimento em inteligência artificial, disse o ministro das Finanças da França nesta quarta-feira.
Bruno Le Maire, da França, disse que os investimentos serão baseados em uma recente iniciativa conjunta para financiar o desenvolvimento de baterias, que a França e a Alemanha desejam para evitar a dependência de baterias chinesas.
“Faremos propostas com a Alemanha nos próximos meses para investir dinheiro público em armazenamento de dados para inteligência artificial, a fim de proteger os dados europeus”, disse Le Maire a jornalistas durante um fórum anual de negócios.
O ministro da Economia alemão, Peter Altmaier, disse que a Europa ficou para trás e que é preciso encontrar uma alternativa para não se tornar dependente de empresas norte-americanas e chinesas.
“Temos interesse na Europa para manter nossos dados na Europa. Temos interesse em criar estruturas de dados soberanas”, disse Altmaier na mesma conferência.
Nenhum dos ministros informou a quantia que será investida no projeto.