Sábado, 12 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 10 de agosto de 2019
A Nasa, a agência espacial americana, publicou uma nova foto de Júpiter, capturada pelo telescópio espacial Hubble no dia 27 de junho. Agora podemos conferir uma paleta de cores mais intensa, nas nuvens que circulam a atmosfera do gigante gasoso, do que vimos nas imagens divulgadas anteriormente. Isso é importante porque as cores e suas mudanças fornecem aos cientistas pistas importantes para os processos que ocorrem na atmosfera de Júpiter.
Por exemplo, a cor laranja brilhante da faixa larga no equador – que muitas vezes aparece em uma cor mais cinzenta – pode ser um sinal de que as nuvens mais densas nessa faixa estão começando a clarear, o que estaria realçando as partículas vermelhas da neblina que fica por baixo dessas nuvens.
As faixas que circundam o planeta são criadas por diferenças na espessura e altura das nuvens de gelo de amônia. No caso das faixas coloridas, elas são resultado de diferentes pressões atmosféricas, enquanto as mais claras estão mais altas e têm nuvens mais espessas.
Todas as faixas de nuvens coloridas de Júpiter nesta imagem estão confinadas ao norte e ao sul por correntes que permanecem constantes, mesmo quando elas mudam de cor. Elas permanecem separadas por ventos que podem atingir velocidades de até 644 quilômetros por hora.
A nova foto foi capturada em luz visível como parte do programa OPAL (Outer Planets Atmospheres Legacy program), que fornece visões anuais de planetas feitas pelo Hubble para procurar por mudanças em suas tempestades, ventos e nuvens.
Racionamento de energia
Há quase 45 anos em operação e campeãs de resistência e quilometragem, as sondas Voyager 1 e 2 entraram em sistema de racionamento de energia para continuarem em ação no espaço. Elas foram lançadas em 1977 pela Nasa, a agência especial americana, em direção ao Sistema Solar exterior para estudarem os planetas gigantes.
O impacto causado pelas imagens das duas sondas marcou uma geração inteira – a minha por sinal – e foram parar em filmes, série e quadrinhos. As descobertas das Voyagers só foram equiparadas em importância na década de 1990 com o lançamento da sonda Galileo para Júpiter, e da Cassini para Saturno.
Com o passar do tempo, pouca coisa ainda é mantida operacionalmente nas naves. Fazer isso requer eletricidade, que está ficando cada vez mais escassa. Além de energia para fazer os instrumentos funcionarem, é preciso usar aquecedores para mantê-los à temperatura operacional. No espaço profundo, muito distante do Sol, a temperatura chega a menos de 200 graus Celsius abaixo de zero. Nada funciona a essa temperatura.