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Por Redação O Sul | 25 de fevereiro de 2019
A tensão voltou a aumentar na fronteira do Brasil com a Venezuela no fim da tarde desta segunda-feira (25). Por volta das 17h30min, manifestantes venezuelanos que estavam do lado brasileiro, na cidade de Pacaraima, em Roraima, começaram a atirar pedras contra a Guarda Nacional Bolivariana, que está posicionada logo depois da divisa entre os dois países, bloqueada desde quinta-feira por ordem do governo de Nicolás Maduro. As informações são do jornal O Globo e da Agência Brasil.
Este é o quarto dia consecutivo de confusão na região. Desta vez, os manifestantes venezuelanos se aproximaram da linha fronteiriça, pelo alto de um morro, contornando uma linha de segurança estabelecida no domingo pela Polícia Federal e o Exército brasileiro.
O Exército brasileiro começou, então, a retirar os venezuelanos opositores ao governo de Maduro da faixa de segurança estabelecida desde a tarde de ontem.
As forças de segurança abriram no domingo um canal de interlocução para evitar que novos atritos aconteçam. Os militares venezuelanos querem que o Brasil faça com que os manifestantes vindos do lado brasileiro cessem as provocações.
Maduro
No momento em que o Grupo de Lima aprovava uma declaração em defesa de eleições livres na Venezuela e do fim do governo do presidente Nicolás Maduro, o venezuelano pedia à população para que o apoie e promete manter-se no poder. Maduro disse nesta segunda-feira (25), na sua conta pessoal no Twitter, que os problemas internos do país devem ser resolvidos com “união nacional”.
“Na Venezuela reina a autodeterminação do nosso povo. Resolvemos os problemas com união nacional e o governo bolivariano que eu presido. Juntos pela Venezuela”, disse Maduro, fazendo críticas aos Estados Unidos e demais países que apoiam o presidente interino, Juan Guaidó.
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, ressaltou que há uma orquestração internacional, liderada pelos norte-americanos, para promover intervenção em território venezuelano.
Em declaração aprovada nesta quinta-feira, o Grupo de Lima afastou a hipótese de intervenção, defendendo que a solução para a crise venezuelana siga o caminho pacífico e por meio da população.
Os presidentes, vice-presidentes e chanceleres pretendem pedir à Corte Penal Internacional que julgue Maduro pela “grave situação humanitária” que vive o país vizinho.
O chanceler venezuelano insistiu que há uma disputa internacional pelo petróleo venezuelano. Segundo ele, o governo de Maduro atua para proteger a soberania do país.