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Por Redação O Sul | 12 de novembro de 2019
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou na tarde desta terça-feira (12), a sua saída do PSL. Ele também disse que irá trabalhar para criar um novo partido, chamado Aliança pelo Brasil. A deputada Bia Kicis (PSL-DF) disse esperar que Bolsonaro presida o novo partido. Segundo ela, a primeira convenção da sigla será feita em 21 de novembro. Essa é a nona troca partidária em sua carreira política.
O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) também sairá de imediato do partido, disse a deputada Bia Kicis. O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) afirmou que a ideia dos deputados é permanecer no PSL até a criação da nova legenda.
Os advogados de Bolsonaro estimam que conseguirão entregar, até março do ano que vem, as cerca de 500 mil assinaturas exigidas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para criação de novo sigla. A ideia é viabilizar o partido a tempo de lançar candidatos às eleições de 2020, o que exige aprovação na corte eleitoral até abril.
O deputado Daniel Silveira disse que o TSE ainda não confirmou, “mas vai”, que é possível realizar a coleta de assinaturas por meio de um aplicativo para dispositivos móveis. Informou ainda que 30 parlamentares devem acompanhar Bolsonaro no novo partido.
A disputa interna do PSL veio à tona no dia 8 de outubro. Naquele dia, na porta do Palácio da Alvorada, Bolsonaro fez críticas ao presidente do partido, Luciano Bivar (PE), a um pré-candidato a vereador de Recife. “O cara (Bivar) está queimado para caramba lá. Vai queimar o meu filme também. Esquece esse cara, esquece o partido”, prosseguiu. A partir daí, houve uma série de farpas trocadas entre dois grupos que se formaram entre os correligionários.
Trocas de partidos
Em 1988, Bolsonaro se filiou ao PDC (Partido Democrata Cristão), pelo qual conseguiu se eleger vereador no Rio de Janeiro em 1989 e deputado federal em 2001. Em 1993, a sigla se funde com o PDS (Partido Democrático Social) e vira PPR (Partido Progressista Reformador), no qual Bolsonaro se filia.
Em 1995, uma nova fusão. Do PPR com o PP (Partido Progressita), criado um ano antes. Nascia o PPB (Partido Progressista Brasileiro), que abriga Bolsonaro daquele ano até 2003.
Em 2003, ano em que o PPB vira PP, Bolsonaro filia-se ao PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), no qual fica dois anos. Em 2005, o então deputado federal tem uma rápida passagem pelo Partido da Frente Liberal (PFL, hoje DEM) e, depois, vai para o PP, onde fica até 2016, quando troca a sigla pelo PSC (Partido Social Cristão).
Bolsonaro deixa o PSC só em 2018, de olho na eleição presidencial. Ele chegou a ter conversas com o Patriota, mas opta pelo PSL (Partido Social Liberal) para a disputa do Planalto.