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Por Redação O Sul | 26 de março de 2019
O presidente Jair Bolsonaro viaja a São Paulo, nesta quarta-feira (27), para fazer a última revisão pós-operatória no Hospital Albert Einstein. A informação foi confirmada pelo porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, na noite de segunda-feira (25).
Entre janeiro e fevereiro, Bolsonaro ficou 17 dias internado e recebeu alta no dia 13 de fevereiro, após uma cirurgia de reconstrução do aparelho intestinal e retirada da bolsa de colostomia.
Em São Paulo, Bolsonaro também vai visitar o projeto científico que investiga o uso de grafeno, da Faculdade Mackenzie. De acordo com o porta-voz do governo, a proposta é “importante” para Bolsonaro porque o projeto também ocorre em universidades militares, como o IME (Instituto Militar de Engenharia).
Pacificação
Durante uma reunião com ministros na segunda-feira (25), em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro disse que o momento é de foco na “pacificação” e na reforma da Previdência, sinalizando que deseja dar como superado o embate travado com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Participantes da reunião disseram que a avaliação de todos foi na direção de “não jogar mais lenha na fogueira” e “buscar uma pacificação para focar no que importa agora, a reforma da Previdência”. Bolsonaro também disse que, pessoalmente, não falou nada contra Maia e que não tem nenhum interesse em manter um “clima de rivalidade” com o presidente da Câmara. O chefe do Executivo afirmou que está disposto a conversar com ele, mas não falou em convidar o deputado do DEM para uma conversa.
Nos últimos dias, Bolsonaro e Maia trocaram farpas. O presidente da República chegou a dizer que não entendia por que o parlamentar do Rio de Janeiro estava sendo “agressivo” com ele. O presidente da Câmara respondeu que bastava dar uma olhada nas mensagens em redes sociais para checar quem estava atacando quem.
Apesar do pedido de “pacificação”, interlocutores do presidente da República admitem que o “clima segue tenso”. O presidente pediu, durante a reunião com os ministros, que o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, procure líderes partidários para negociar a votação da reforma da Previdência. A orientação é mostrar que, se a reforma não for aprovada, será muito ruim não só para o governo, mas, principalmente, para o País e que isso geraria um cenário “grave” na economia brasileira.
Além de Bolsonaro e Onyx Lorenzoni, participaram da reunião de segunda os ministros Augusto Heleno (Gabinete Institucional), Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo) e Paulo Guedes (Economia). Outro tema do encontro foram as reivindicações dos caminhoneiros.