Sábado, 20 de abril de 2024
Por Flavio Pereira | 29 de novembro de 2019
O governador Eduardo fez ontem uma nova avaliação sobre o melhor momento para a votação do pacote da reforma administrativa e revelou que identificou condições para votar todas as matérias até o final do ano. A avaliação foi feita ontem a jornalistas que participaram de um encontro com o governado e com vários secretários e que durou 2h30min, no Galpão Crioulo do Palácio Piratini.
Longe da efervescência política
A ideia inicial de votar o pacote no final de janeiro foi alterada depois que alguns fatores foram levados em conta. De acordo com o governador, existem hoje condições políticas para a votação dos projetos até o final do mês de dezembro. O aumento das tensões políticas em razão da eleição municipal fez o governo desistir da votação em janeiro temendo que o debate, já em 2020, seja contaminado pelo ano eleitoral.
Governador critica “a venda de um sonho”
Eduardo Leite referiu-se a um tema que o Cpers tem repetido com insistência, indicando que, combatendo o pacote, os professores poderiam alcançar um teto de R$ 7.800 no final da carreira. Para o governador, “esse teto não existe. É uma expectativa, um sonho. Não é verdade”. Lembrou que o plano de carreira, defendido de forma intransigente pelo magistério, prevê hoje um salario inicial de R$ 630,10 para os contratos de 20 horas do nível A1. Na proposta do governo, o salario inicial será o piso de R$ 2.557,74. O governador é taxativo: “apegar-se a esse plano de carreira significa manter uma condição de perdas futuras. Portanto, a maior injustiça seria deixar como está”.
Reforma e Recuperação Fiscal
Depois de lembrar que vários Estados brasileiros já aprovaram suas reformas, o governador advertiu que o Rio Grande do Sul está atrasado nesse processo. Segundo ele, Reformas e Regime de Recuperação Fiscal andam juntos. A adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, que dará seis anos de folga no pagamento das parcelas da dívida, precisa de outras medidas. Uma delas é o ajuste previsto no pacote de reforma administrativa. “Sob pena de voltarmos a pagar em dia os salários dos servidores apenas por alguns meses e, logo adiante, retornarmos ao parcelamento.”
Legado para o futuro
Um dado relevante que o governador trouxe nesta conversa: ele hoje está disposto a submeter-se ao desgaste inicial e convicto de que estas medidas precisam ser aprovadas, e implementadas agora. “Consideramos este o projeto mais adequado e acreditamos no legado que pode deixar, possibilitando uma condição melhor para os servidores e toda a população gaúcha, mas seguiremos abertos a conversas”.
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