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Por Redação O Sul | 4 de fevereiro de 2016
No Brasil, a volta da inflação ao patamar dos dois dígitos tem trazido efeitos perversos, como a queda do padrão de vida e o aumento de custos para uma indústria já debilitada. Estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), que reúne as principais nações desenvolvidas do mundo, apontou que a inflação brasileira – o País não integra a instituição –, chegou a 10,7%. Dez vezes maior do que a de países ricos que fazem parte da organização.
A China, que também não faz parte do grupo, viu sua inflação chegar a 1,6% no ano passado. Na maioria dos países da OCDE, a taxa perdeu força na comparação com 2014. Ao contrário do Brasil, o maior risco nas economias maduras é a deflação, a queda geral de preços.
Alguns países fecharam 2015 com uma taxa de inflação próxima de zero, como a França (+0,2%), Itália (+0,1%), Reino Unido (+0,2%), Alemanha (+0,3%). Na semana passada, o banco central japonês adotou uma taxa de juros negativa para tentar estimular a economia do país, cuja inflação ficou em 0,2%.
Os Estados Unidos terminaram 2015 com uma taxa de inflação de 0,7%, longe da meta de 2% do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano). O fantasma da deflação é um dos motivos que levaram o Fed a adiar a retomada da alta dos juros básicos. No Canadá, a taxa anual de inflação foi de 1,6% em 2015. (AE)