Quarta-feira, 16 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 1 de novembro de 2019
A técnica de Enfermagem Ana Maria Pontelo Moreira, que deu à luz ao primeiro filho aos 61 anos, recebeu alta e deixou um hospital de Londrina, no norte do Paraná, com o bebê Ian no colo na tarde desta sexta-feira (1°). Ana Maria realizou o sonho de ser mãe depois de passar cinco anos fazendo tratamento de fertilidade e ficar na fila de adoção. As informações são do portal de notícias G1.
Para engravidar do primeiro filho, ela recorreu aos bancos de óvulos e de sêmen, escolheu materiais genéticos compatíveis com as próprias características para a fertilização in vitro. Ana Maria não é casada.
O menino nasceu na quarta-feira (30), com 47,5 centímetros e 3,4 quilos. Na saída do hospital, a mais nova mãe de Londrina, estava emocionada. “Deu tudo certo até agora e vai continuar, se Deus quiser. Vivendo um dia de cada vez. Realizei um sonho”, disse Ana Maria.
“É um sonho realizado. O tratamento não foi fácil porque tem que tomar hormônios, gasta bastante e também tem muita gente que não acredita. Estou muito feliz”, conta emocionada Ana Maria.
Depois de se separar do marido, ela decidiu engravidar. “Como fazia muitos cursos, faculdade e trabalhava o sonho foi adiado. Mas, em 2014 comecei o tratamento de fertilização porque não tenho parceiro. A gestação foi tranquila, só tive um problema na coluna, mas fiz tratamento com ortopedista, pilates e fisioterapia. Tirando isso, foi tudo tranquilo”, diz Ana Maria.
Gravidez de risco
O médico obstetra que acompanhou Ana Maria durante as 39 semanas de gestação explica que pela idade da técnica em enfermagem a gravidez poderia ser de risco.
“Atualmente, a medicina dá essa opção. Antigamente, aos 40 ou 43 anos a vida obstétrica da paciente estava encerrada. Mas, agora as mulheres querem trabalhar mais, estudar mais, às vezes tem o segundo casamento. A medicina oferece a opção de fertilidade, está mais acessível e há faculdades que oferecem isso gratuitamente. Além disso, o pré-natal também evoluiu”, diz o médico João Cafaro Goes Filho.
“A partir dos 40 anos não é possível mais usar os óvulos, então apelei para uma pessoa mais jovem, compatível com o meu tipo sanguíneo. Para a fertilização dar certo, vários exames foram realizados”, explicou Ana.
“Espero que a minha história seja uma inspiração para outras pessoas, é muito gratificante. Sei que têm mulheres mais velhas que querem ser mães, mas têm medo. Eu realizei o meu sonho”, concluiu Ana Maria Pontelo Moreira.