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Geral O presidente do Facebook defendeu a liberdade de expressão e que políticos possam mentir em anúncios

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Funcionários da empresa criticaram executivo após decisão de não apagar publicações recentes do presidente dos EUA. (Foto: Reprodução)

O presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, fez um discurso sobre liberdade de expressão na internet, nesta quinta-feira (17), na Universidade Georgetown, em Washington.

Ele defendeu as ações que o Facebook tem tomado para retirar opiniões nocivas e discursos de ódio das plataformas da empresa — WhatsApp, Instagram e Facebook. O executivo também defendeu a decisão recente de não retirar anúncios políticos das redes sociais, mesmo que contenham mentiras.

Zuckerberg falou ainda sobre a “voz” que redes dão às pessoas, sobre o direito ao contraditório e até criticou a China por problemas com liberdade de expressão on-line, citando o aplicativo TikTok, rede social chinesa em ascensão.

O salão da Universidade Georgetown foi escolhido a dedo para o discurso: lá já discursaram presidentes dos EUA e outros líderes políticos, como Barack Obama, Hillary Clinton e até o cantor Bono Vox.

Anúncios políticos

A decisão da empresa de não fazer checagem em anúncios políticos gerou bastante polêmica nos EUA no último mês.

Zuckerberg defendeu a atitude do Facebook, afirmando que “não é certo que uma companhia privada censure políticos ou notícias em uma democracia”.

“Nós não checamos os fatos em anúncios políticos. Não fazemos isso para ajudar políticos, mas porque nós acreditamos que as pessoas deveriam ver por elas mesmas o que os políticos estão dizendo”, afirmou.

O executivo disse que considerou banir esse tipo de anúncio, e que essa decisão seria acertada do ponto de vista dos negócios, já que o faturamento com propaganda política é baixo. Mas escolheu permitir os anúncios para “dar voz” a políticos que não têm alcance na mídia.

Responsabilidades do Facebook

O discurso também abordou questões que tem sido usadas em críticas à rede social nos últimos meses: desinformação, boatos e conteúdos ofensivos.

Na visão do executivo, a empresa tem duas responsabilidades: remover conteúdo que poderia causar “perigo real” da maneira mais efetiva possível, e lutar para que a definição de liberdade de expressão seja o mais abrangente possível, enquanto luta para que a definição do que é considerado perigoso não seja expandida além do que é preciso.

“Embora eu me preocupe com a erosão da verdade, eu não acredito que a maioria das pessoas quer viver em um mundo onde você só possa publicar coisas que as empresas de tecnologia julguem ser 100% verdade”, disse.

Cutucada no TikTok

Zuckerberg aproveitou o discurso também para falar da liberdade de expressão na China, um tema que voltou à tona recentemente com os protestos em Hong Kong pedindo por democracia.

Segundo ele, até recentemente, a internet na maioria dos países era definida por plataformas americanas com “valores de liberdade de expressão fortes”. Zuckerberg afirmou que há 10 anos, quase todas as maiores plataformas da internet eram americanas e que “agora 6 das 10 maiores são chinesas”.

“Enquanto nossos serviços, como o WhatsApp, são usados por manifestantes e ativistas por causa da criptografia forte e proteção da privacidade, no TikTok, o aplicativo chinês que cresce mais rápido no mundo, menções a esses protestos são censuradas, até mesmo nos EUA. Essa é a internet que queremos?”, perguntou.

De acordo com ele, essa é uma das razões que as plataformas não funcionam na China. Apesar disso, sobram notícias sobre os planos dele e do Facebook de entrar no mercado chinês. Em 2016, a empresa teria até mesmo desenvolvido um mecanismo de censura geográfica para impedir o bloqueio do país.

O Facebook também conta com um projeto chamado Lasso, que pretende ser um competidor do TikTok. Zuckerberg já falou das estratégias da empresa em lidar com o aplicativo, em áudios vazados de uma reunião com funcionários.

Os protestos em Hong Kong já envolveram empresas americanas, que tiveram que lidar com pressões chinesas. A Apple, por exemplo, chegou a retirar da App Store um aplicativo que era usado por manifestantes.

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https://www.osul.com.br/o-presidente-do-facebook-defendeu-a-liberdade-de-expressao-e-que-politicos-possam-mentir-em-anuncios/ O presidente do Facebook defendeu a liberdade de expressão e que políticos possam mentir em anúncios 2019-10-17
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