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Mundo Os depoimentos do inquérito de impeachment de Donald Trump serão transmitidos ao vivo a partir da semana que vem

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O presidente americano disse que alguns dos locais tem 'alto nível de importância' para a cultura iraniana. (Foto: Reprodução)

Os deputados responsáveis pelo inquérito que pode levar a um processo de impeachment do presidente Donald Trump anunciaram nesta quarta-feira (6) que a etapa de depoimentos abertos, ou seja, transmitidos pela TV, começará na semana que vem. Até agora, todas as audiências ocorreram a portas fechadas, sendo que as declarações iniciais eram divulgadas pela imprensa pouco depois. Na segunda-feira, as transcrições dos depoimentos começaram a ser reveladas, incluindo de pessoas-chave na investigação, como a ex-embaixadora dos EUA na Ucrânia, Marie Yovanovich, e o embaixador americano na União Europeia, Gordon Sondland. As informações são do jornal O Globo e de agências internacionais de notícias.

O inquérito é centrado nas suspeitas de que o presidente Trump teria usado vários meios, incluindo a suspensão de ajuda militar de US$ 391 milhões, para forçar o governo da Ucrânia a abrir uma investigação contra a empresa Burisma, onde o filho do ex-vice-presidente Joe Biden, Hunter, ocupou cargo de direção até o começo do ano. O objetivo seria tentar achar alguma “sujeira”, como denúncias de corrupção, que pudesse ser usada na eleição presidencial do ano que vem — Biden é um dos favoritos para ser indicado à vaga democrata na disputa. Para a oposição, foi uma tentativa de pedir a um governo estrangeiro para que interferisse no processo eleitoral americano.

Ameaças e pressão

A nova etapa de depoimentos, agora transmitidos pela TV, trará algumas pessoas já ouvidas pelas comissões, como a embaixadora Yovanovitch. Ela revelou se sentir ameaçada por Trump e que recebeu um conselho para que fizesse elogios ao presidente no Twitter para “salvar seu emprego”. Yovanovitch acabou retirada da embaixada de Kiev no começo do ano, sem motivos aparentes. Também comparecerão George Kent, diplomata de carreira que trabalhou nas relações com a Europa, e Bill Taylor, principal representante do governo americano na Ucrânia. Em seu depoimento inicial, em outubro, disse ter ouvido de Sondland que Trump iria pressionar o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky para uma investigação sobre a Burisma.

Nesta quarta-feira, a Câmara liberou o depoimento de Bill Taylor, onde ele disse ter hesitado ao aceitar o convite para chefiar a embaixada em Kiev. Segundo ele, era uma escolha entre estar em um “cesto de cobras” nos EUA e na Ucrânia. O diplomata ainda afirma que um ex-congressista enviou uma carta dizendo que a embaixadora Yovanovitch “deveria ser retirada do cargo”, sem dar nomes.

Taylor disse ainda que “ficou claro para ele” que a liberação da ajuda financeira só viria após o anúncio público sobre uma investigação, como queria Trump. Contudo, garantiu que nunca ouviu isso da boca do presidente. Para ele, se tratava de uma ” má ideia “, tanto que cogitou renunciar à posição caso a investigação saísse do papel.

Eu entendi, na época, que a razão para investigar a Burisma era para atrapalhar a imagem do vice-presidente Biden.”

Na sua avaliação, caso o nome de Hunter Biden fosse mencionado pelo governo ucraniano, o presidente Zelensky estaria com um grande problema nas mãos e seria humilhado publicamente, algo que poderia beneficiar a Rússia.

Canais indiretos

O diplomata revelou aos deputados, segundo a transcrição, estar preocupado com um canal indireto de comunicação entre os governos, dizendo que ele “divergia” da linha diplomática oficial. Uma preocupação que também era compartilhada pelo secretário de Estado, Mike Pompeo, que prometeu levar o caso ao presidente Trump. Esse canal, que contava com a participação do advogado de Trump, Rudolph Giuliani, foi mencionada em outros depoimentos, sempre em meio a questionamentos sobre seus reais objetivos.

Esses caminhos se somaram à pressão direta da Casa Branca, explicitada em uma conversa telefônica entre Trump e Zelensky em julho. Apesar de uma investigação não ter sido lançada, o dinheiro foi liberado sem muito alarde no dia 11 de setembro.

A história veio à tona através de uma denúncia feita por um funcionário da comunidade de inteligência, que teve acesso à transcrição da conversa entre os líderes — o telefonema não foi gravado e o documento foi posto em sigilo, algo pouco comum, segundo o denunciante.

Diante das evidências, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, anunciou o inquérito que poderá levar à abertura de um processo de impeachment na Casa, hoje dominada pela oposição democrata. Trump, por sua vez, diz estar sendo alvo de perseguição política e até mesmo de “assédio presidencial”.

Os depoimentos que se seguiram, apesar da decisão da Casa Branca de não cooperar com as investigações e até mesmo proibir a participação de funcionários do governo nas audiências, mostraram uma relação confusa entre pessoas ligadas a Trump e a Ucrânia. Uma das pessoas ouvidas, o embaixador Sondland, chegou a mudar seu depoimento para dizer que houve um “toma lá, dá cá” envolvendo a investigação e o pacote de ajuda militar.

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