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Mundo Parlamentares franceses da oposição dizem “não” ao acordo entre Mercosul e UE

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Os franceses consideram que o tratado "é contrário ao interesse nacional" e temem pela situação dos agricultores do seu país. Na foto, Bolsonaro e Emmanuel Macron. (Foto: Frederico Mellado/ARG)

Parlamentares franceses de oposição, do partido de direita Republicanos, assinaram um artigo, divulgado pelo jornal francês Le Parisien neste domingo (07), contrário ao acordo de livre comércio firmado entre o Mercosul e a UE (União Europeia).

Para os signatários do artigo, o pacto é “um erro econômico e horror ecológico”. Assinam o texto o deputado e candidato à presidência pelo partido, Guillaume Larrivé, e outros 52 parlamentares do Republicanos. Eles alegam que o acordo, assinado em 28 de junho, “é contrário ao interesse nacional”.

O texto questiona “como justificar a imposição de padrões cada vez maiores aos criadores franceses, ao mesmo tempo em que abrimos nossas portas para produções agrícolas que não as respeitam?”. Os parlamentares de oposição também defendem a criação de uma “barreira ecológica para as fronteiras da Europa para impedir importações de países que não respeitem” os padrões ambientais franceses.

Na avaliação deles, o acordo entre o Mercosul e a União Europeia “daria o golpe de misericórdia” nos agricultores e pecuaristas franceses e que, por este motivo, se mobilizariam na Assembleia Nacional e no Parlamento Europeu para que o acordo “fatídico” não seja ratificado.

Para entrar em vigência, o acordo assinado precisa ser aprovado pelos Legislativos das nações da União Europeia e pelo Congresso dos quatro países do Mercosul – Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

Segundo o Ministério da Economia, o acordo permitirá a expansão de 87,5 bilhões de dólares no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em quinze anos. Considerando a redução esperada das barreiras não tarifárias e o aumento da produtividade dos fatores dos setores produtos do país, esse ganho poderá chegar a 125 bilhões de dólares. A pasta estima a elevação de 113 bilhões de dólares nos investimentos no Brasil, e o comércio entre Brasil e a União Europeia deverá alcançar 100 bilhões de dólares em 2035.

Assinatura

Entre os jornalistas que cobrem o Mercosul há tempos, o acordo entre o bloco e a União Europeia já tinha virado motivo de piada. Nas seguidas cúpulas do bloco, era comum dizermos entre nós: “Aposto que vão falar que estão avançando com o acordo com a União Europeia”. E não dava outra. Chanceler atrás de chanceler, presidente atrás de presidente, anunciavam “avanços” na tal negociação. Tenho uma colega que estava grávida quando mencionaram o acordo pela primeira vez.

Quando estávamos na correria de preparar os textos sobre o tratado fechado, no dia 29, ela nos lembrou de que o filho já está na faculdade. Porém, é fato que se percebeu um maior engajamento quando assumiu, na chancelaria argentina, Susana Malcorra. Ela sempre enfatizava que os sinais positivos da Europa eram muito claros.

Nesses anos, o Brasil esteve em transição entre Dilma Rousseff e Michel Temer. Os chanceleres José Serra e Aloysio Nunes também passaram a mostrar mais entusiasmo. A ansiedade da Argentina em provar que o mote de campanha de Mauricio Macri em 2015, o de “devolver a Argentina ao mundo”, foi sentida nas conversas com integrantes das equipes técnicas do país.

Na visita que Jair Bolsonaro fez a Macri, em junho, o assunto veio à tona com mais força. O ministro Paulo Guedes, pego de surpresa por jornalistas brasileiros nos corredores da Casa Rosada, não hesitou em dar uma data. Disse que o acordo sairia em três ou quatro semanas, ou seja, justamente na reunião de Bruxelas.

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https://www.osul.com.br/parlamentares-franceses-da-oposicao-dizem-nao-ao-acordo-entre-o-mercosul-e-a-uniao-europeia/ Parlamentares franceses da oposição dizem “não” ao acordo entre Mercosul e UE 2019-07-07
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