Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 2 de dezembro de 2019
Mais cedo Doria negou que mortes tenham sido provocadas pela ação policial.
Foto: Governo de SPOs policiais envolvidos na ocorrência que terminou em nove mortes em um baile funk em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, foram afastados das ruas nesta segunda-feira (2). A informação foi divulgada pelo coronel Marcelo Vieira Salles, comandante da PM (Polícia Militar) do Estado de São Paulo, em coletiva de imprensa.
“Os policiais estão preservados. Temos que concluir o inquérito. Eles continuarão nas unidades em serviços administrativos no mesmo horário deles fazendo outras coisas porque é uma área complexa, a área da primeira companhia é uma área complexa. Havendo um outro evento parecido eles poderão ser prejudicados. Então eles estão sendo preservados”, afirmou Vieira Salles.
Em coletiva de imprensa no domingo (1º), o porta-voz da PM, tenente-coronel Emerson Massera, informou que 38 policiais participaram da ação no baile funk durante a madrugada. Até o momento, as nove mortes têm sido tratadas como causa de pisoteamento durante o tumulto.
Mais cedo, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), negou, em entrevista coletiva, que as mortes tenham sido provocadas pela ação contundente da Polícia Militar.
“A letalidade não foi provocada pela PM e sim por bandidos que invadiram a área onde estava acontecendo baile funk. É preciso ter muito cuidado para não inverter o processo”, disse o político. “Não houve ação da polícia, nem utilização de arma, nem em relação a invadir a área onde o baile estava acontecendo, tanto é fato que o baile continuou. Não deveria sequer ter ocorrido. Ele é ilegal, fere a legislação municipal. Tanto é fato que prosseguiu.”