Terça-feira, 24 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 6 de novembro de 2015
Cumprindo prisão domiciliar em um dos mais luxuosos edifícios de Nova York, o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) José Maria Marin precisou dar uma garantia de 15 milhões de dólares (57 milhões de reais) à Justiça dos Estados Unidos, que será paga caso desobedeça qualquer norma imposta. O valor, porém, é inferior ao patrimônio do dirigente em imóveis no Brasil, que chegaria a 62,5 milhões de reais, de acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo.
Na edição dessa quinta-feira, a publicação afirma que Marin possui pelo menos nove propriedades registradas em seu nome ou no de sua empresa em cartórios de Rio de Janeiro e São Paulo. Tomando como referência o valor estipulado pelas prefeituras de cada cidade, a soma dos imóveis chegaria aos 62,5 milhões de reais. Entretanto, o preço de mercado pode ser até 25% superior.
Três desses nove bens teriam sido comprados no ano passado, quando Marin ainda era mandatário da CBF e comandava o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo. O mais valioso é uma mansão no bairro Jardim Europa, zona nobre de São Paulo (SP), e teria seis quartos e 2,6 mil metros quadrados, valendo a cifra de 21,7 milhões de reais.
Extradição
Marin foi extraditado da Suíça para os EUA na terça-feira, após 157 dias preso em Zurique, onde foi um dos detidos em operação policial realizada durante um congresso da Fifa (entidade máxima do futebol) em maio. Após chegar a um acordo com a Justiça norte-americana, ele foi diretamente para Nova York, onde agora vive em um apartamento da Trump Tower, comprado por 900 mil dólares e com 101 metros quadrados. Além da garantia, Marin pagou fiança de 1 milhão de dólares em dinheiro vivo, como parte do acordo com as autoridades norte-americanas na Corte Federal do Brooklyn.