Terça-feira, 22 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 1 de fevereiro de 2016
Três entre dez brasileiros querem perder peso em 2016. Se você também faz parte do grupo que pretende emagrecer, prepare o bolso. Os preços dos alimentos mais utilizados em dietas subiram acima da inflação.
De acordo com uma pesquisa do SPC Brasil sobre os desejos dos brasileiros para este ano, 27,5% dos entrevistados disseram que gostariam de perder peso. “Nós observamos essa vontade da população e decidimos verificar quanto isso iria custar”, explica o economista Thiago Carvalho. “Infelizmente, a conclusão não é nada boa para quem pretende adotar uma alimentação saudável.”
As frutas, opção de alimento no intervalo entre as refeições, subiram 15,23% em 2015, acima da inflação oficial de 10,67%, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). O resultado da prévia do índice oficial de janeiro, o IPCA-15, é o maior para o mês em 13 anos: alta de 0,92%. O que mais pesa nesse começo de 2016 são os alimentos.
Só a cenoura subiu quase 24% em relação a dezembro do ano passado. O tomate subiu mais de 20% e o quilo vai de 4 reais a 10 reais. Quem gosta de repolho também vai pagar mais, já que a inflação dele em janeiro foi de quase 20%. A cebola é de fazer chorar: 15% de alta. E se o pimentão vai no prato, soma 12% a mais no preço.
“Por conta das altas temperaturas e excesso de chuva é normal que isso afete algumas safras e alguns produtos acabem subindo mais de preço. Como economista, a gente vê preço subindo e vai pressionar o orçamento. Tem que conversar com o nutricionista como conciliar um orçamento razoável com dieta que atenda necessidades nutricionais”, afirma o economista Vitor França.
Como economizar.
Nem toda a dieta, no entanto, exige aumentar a conta do supermercado para manter uma alimentação equilibrada. Entre as dicas, estão priorizar as frutas da estação, que têm preço inferior às de outras épocas, e saber aproveitar melhor os alimentos. Confira as sugestões das nutricionistas:
Lave, corte e embale em casa – Embalagens de saladas, frutas ou carnes em pequenas porções são realmente práticas, mas podem dobrar o custo de um produto. Não adianta: se você quer economizar sem abrir mão da saúde, a dica é fazer tudo em casa. Em vez de comprar aquela alface lavadinha, pronta para colocar no prato, compre o pé inteiro e…mãos à obra!
Troque a carne por outros tipos de proteína – Sim, a carne é um dos itens mais caros da cozinha brasileira. Mas para manter o aporte necessário de proteína, não é preciso recorrer a ela todo santo dia. Segundo a nutricionista Paula Zubiaurre, é possível encontrar boas fontes de proteína em alimentos como ovos, leite, iogurte, queijo, soja, grão-de-bico, feijão, ervilha, lentilha, queijo de soja (tofu), leite de soja e arroz integral.
Faça em casa – Almoçar na rua todos os dias pode representar um peso no orçamento, e comer sempre sanduíche ou comidas pré-prontas não são as melhores opções para a saúde. Por isso, a dica da nutricionista Gabriela Maia é preparar a comida em casa e levar para o trabalho em um pote de vidro. Caso não haja local para esquentar o alimento, é possível optar por saladas – uma salada bem feita e com uma boa apresentação é tão irresistível como um prato em um restaurante.