Quinta-feira, 11 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 31 de julho de 2015
A Petrobras assinou nessa sexta-feira dois termos de recebimento de recursos recuperados pela Operação Lava-Jato, no valor de 139 milhões de reais. O ex-gerente da estatal Pedro Barusco, um dos delatores do esquema de corrupção na companhia, devolveu 69 milhões de reais. O dinheiro veio do caso envolvendo a fábrica de plataformas de petróleo holandesa SBM. O restante foi oriundo de contas do ex-dirigente da petroleira Paulo Roberto Costa, denunciante no caso.
Foi a segunda cerimônia de ressarcimento de recursos desviados da Petrobras. Na primeira, foram devolvidos 157 milhões de reais. Ao todo, o MPF (Ministério Público Federal) entregou à estatal 296 milhões de reais.
Em entrevista após receber o dinheiro desviado de volta, o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, disse que tem esperanças em recuperar todos os valores que deixaram os cofres da empresa em circunstâncias ilegais. Em seu balanço, a petroleira contabilizou perdas no valor de 6,2 bilhões de reais com pagamentos indevidos a empresas investigadas pela Lava-Jato.
Estiveram presentes ao evento o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; o procurador-geral da República, Rodrigo Janot; e o advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams.
CONTROLE
A Petrobras anunciou medidas para reforçar os controles internos, como limitação de decisões individuais, com promoção de deliberações colegiadas e maior independência à ouvidoria e ao recebimento de denúncias.
A estatal informou que cobrará dos fornecedores programas de conformidade e integridade certificados por companhias independentes. A revisão cadastral dos provedores começará por empresas que estão na lista suja da Lava-Jato. Hoje, 32 abastecedores estão impedidos de participar de licitações. Segundo o diretor de Governança da Petrobras, João Elek, a expectativa é reduzir os impedidos através das novas exigências. (Folhapress)