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Rio Grande do Sul A cada dez gaúchos, três pensam em mudar de endereço para fugir de catástrofes climáticas

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Entre os que admitem a hipótese, maioria acredita não dispor dos recursos necessários para tal. (Foto: Marcello Campos/O Sul)

Pesquisa realizada pela startup Loft em parceria com a empresa Offerwise aponta que três de cada dez habitantes do Rio Grande do Sul já consideram a hipótese de mudar de endereço residencial para evitar problemas com eventos climáticos extremos. Foram consultados mil gaúchos no período de 4 a 7 deste mês, de forma on-line, após as enchentes que causaram em maio a pior catástrofe do Estado em sua história.

Para 80% dos entrevistados, a tragédia aumentou a preocupação com as emergências climáticas. Já 41% afirmaram que a calamidade afetou de alguma forma o desejo de trocar morar em outro lugar, seja dentro ou fora do Estado. O estudo – intitulado “Impacto de Eventos Climáticos na Moradia no Brasil” – tem como margem de erro 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

“Apesar do índice considerável de pessoas que pensam em se mudar, menos de um quarto acreditam que teriam os recursos necessários para concretizar esse plano”, ressalta o gerente de dados da Loft, Fábio Takahashi. “Também chamou a atenção o fato de 70% dos participantes não pensarem em se mudar. Essa parcela é maior que a observada em Estados não atingidos por enchentes e inundações neste ano.”

Takahashi menciona duas possíveis explicações para essa resistência. Uma é o sentimento de reconstrução após a tragédia, ao passo que a outra é o perfil socioeconômico: “No País como um todo, a ‘classe A’ demonstrou menos interesse em se mudar devido a eventos extremos. E essa população é mais representativa no Rio Grande do Sul que em outros Estados”.

No cenário de uma eventual mudança, as características que os gaúchos consideram mais importantes para evitar problemas com catástrofes naturais são:

– Distância da moradia em relação a encostas e morros (67%).

– Afastamento rios, lagos, represas e outros corpos de água (65%).

– Existência de sistema de monitoramento e alerta sobre eventos atípicos (55%).

O estudo apontou, ainda, que 80% dos gaúchos acreditam que suas moradias já são afetadas por eventos climáticos extremos. Na avaliação por modalidade de evento, 69% afirmaram terem sido atingidos anteriormente ou conheceram alguém próximo que já passou por inundações. Outros 37% relataram ter enfrentado tempestades severas.

Percepção nacional

Em nível nacional, 62% dos entrevistados pelo estudo disseram que eventos climáticos extremos afetam suas moradias. Os incidentes ambientais mais citados foram as enchentes (32%), ao passo que no segundo lugar aparecem as ondas de calor (31%).

“Em todos os recortes que fizemos, incluindo no critério por classe social, mais da metade dos brasileiros afirmaram já terem sentido o efeito de algum evento climático extremo”, acrescenta o executivo da Loft.

(Marcello Campos)

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