Sexta-feira, 04 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 11 de julho de 2020
O estado da Califórnia, nos Estados Unidos, vai libertar mais de 8.000 prisioneiros para reduzir a propagação do coronavírus de suas penitenciárias lotas, informaram as autoridades do estado americano, um dos mais afetados pela pandemia.
Os presos podem ser libertados no início de agosto e se uniriam a 10 mil prisioneiros que já foram liberados em iniciativas similares desde o início da crise do vírus, indicou o Departamento de Correção e Reabilitação da Califórnia.
“As ações são adotadas para proporcionar saúde e segurança à população e aos funcionários das prisões”, afirmou Ralph Diaz, secretário do departamento.
O anúncio, bem recebido pelos defensores da reforma penitenciária, acontece após um aumento de casos de coronavírus em San Quentin, uma das penitenciárias mais antigas da Califórnia.
O governador Gavin Newsom afirmou na quinta-feira que o foco era uma “área de grande preocupação”, depois que mais de 1.000 detentos testaram positivo.
As instalações de San Quentin tinha, esta semana metade dos casos de coronavírus ativos nas prisões de todo o estado, que tem população carcerária de quase 113 mil presos.
O comunicado de sexta-feira informa que os prisioneiros liberados, que incluem os de San Quentin, serão submetidos a exames de Covid-19 durante a semana seguinte à libertação.
A Califórnia, estado com a maior população dos Estados Unidos, com quase 40 milhões de habitantes, confirmou mais de 300.000 casos de coronavírus e mais de 6.800 mortes provocadas pela doença.
Novos casos – Os Estados Unidos registraram 63,6 mil novos casos de coronavírus na sexta-feira (10) segundo contagem divulgada pela Universidade Johns Hopkins.
Na quinta-feira, houve um recorde de diagnósticos positivos do vírus, com 65.551 infectados.
Às 21H30 de Brasília, a instituição de Baltimore relatou que 774 pessoas morreram de coronavírus no país nas 24 horas anteriores.
Os Estados Unidos, o país mais afetado no mundo pela pandemia, registram um total de 133.969 falecimentos e 3,18 milhões de infecções.
Especialistas temem que em breve haja um aumento no número de óbitos. Nos últimos dias, Texas e Flórida relataram um número recorde de falecimentos por conta do vírus.
“Quando comparado a outros países, acho que você não pode dizer que estamos indo muito bem”, disse Anthony Fauci, um dos mais renomados infectologistas do país e ex-assessor da Casa Branca sobre o combate à pandemia, ao site de análise política FiveThirtyEight na quinta-feira.
O presidente Donald Trump rejeitou a opinião do respeitado cientista e afirmou ao canal Fox News que “o Dr. Fauci é um homem bom, mas cometeu muitos erros”.
Trump, que continua a minimizar o aumento de infecções por coronavírus, viajou para Miami, um dos focos da epidemia no país, nesta sexta, para incentivar um evento de arrecadação de fundos para sua campanha e participar de outros compromissos.