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Mundo A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos acelera votação para conseguir o impeachment de Donald Trump

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Na avaliação da democrata, a situação de instabilidade política “não poderia ser mais perigosa”. (Foto: Reprodução)

A presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, a democrata Nancy Pelosi, determinou que a Comissão de Justiça redija as acusações que podem levar à abertura do processo de impeachment do presidente Donald Trump, para que sejam votadas em breve pelo plenário da Casa.

As acusações dizem respeito aos esforços do republicano para que a Ucrânia investigasse um adversário politico, o ex-vice-presidente Joe Biden, e a fala de Pelosi é considerada mais uma forma de pressão do que um ato protocolar. Com isso, ela sinaliza que quer pressa nas conclusões dos deputados para levar a votação ao plenário da Câmara ainda neste ano, provavelmente antes do Natal.

“O que está em jogo é nossa democracia. O presidente não nos deixa escolha a não ser agir porque ele está tentando corromper, mais uma vez, a eleição em benefício próprio. O presidente abusou do poder, minando nossa segurança nacional e ameaçando a integridade de nossas eleições”, afirmou Pelosi. “Com tristeza, porém, com confiança e humildade, em acordo com nossos fundadores e com o coração cheio de amor pelos EUA, hoje estou pedindo ao nosso presidente [da Comissão de Justiça] que siga adiante com os artigos do impeachment.”

A Comissão de Justiça é o último passo antes da votação em plenário — é ela que analisará as conclusões do relatório elaborado pelo presidente da Comissão de Inteligência, Adam Schiff, sumarizando as semanas de depoimentos de pessoas ligadas à denúncia de que Trump teria usado seu cargo para solicitar a interferência de um país estrangeiro a fim de obter vantagens pessoais, no caso, políticas.

O caso gira em torno de um pedido da Casa Branca ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para que fosse iniciada uma investigação sobre os negócios da família de Joe Biden no setor de energia do país. Biden é um dos principais nomes do Partido Democrata para a disputa presidencial de 2020. A pressão se deu direta e indiretamente, através de pessoas ligadas a Trump e, segundo a acusação, à suspensão de um pacote de ajuda militar de US$ 391 milhões a Kiev.

Para Nancy Pelosi, “as ações do presidente violaram seriamente a Constituição”, o que abriria caminho para sua retirada do cargo. A democrata mencionou as evidências apresentadas pelo relatório preliminar, apontando para uma “diplomacia paralela” entre os dois países. Segundo a oposição, Trump, ao suspender o pacote de ajuda militar em troca de uma investigação contra seu adversário, “pôs os interesses dos EUA em segundo plano”.

“Os fatos não podem ser contestados. O presidente abusou do poder que tem para obter benefício político pessoal às custas de nossa segurança militar ao suspender a ajuda militar e um encontro crucial no Salão Oval [com Zelensky] em troca de um anúncio de uma investigação visando seu rival político”, pontuou Pelosi.

Em entrevista coletiva, pouco depois, ela foi questionada pelo repórter de uma rede de TV conservadora, o Sinclair Broadcast Group, se odiava Donald Trump — a resposta foi dura.

“Eu não odeio ninguém. Eu fui criada em um lar católico. Não odiamos ninguém. Ninguém no mundo. Então não me acuse”, afirmou a presidente da Câmara. “Não mexa comigo quando se tratam de palavras assim.”

Logo em seguida, Trump foi ao Twitter dizer que Pelosi teve uma “crise nervosa”, referindo-se à resposta na entrevista, e dizendo não acreditar que ela faça orações pelo presidente.

“Não acredito nela, nem perto disso. Ajude os sem-teto em seu distrito, Nancy.”

‘Interesse Nacional’

O anúncio vem um dia depois do início dos trabalhos na Comissão de Justiça, que ouviu a opinião de quatro juristas sobre as acusações formuladas pelo presidente da Comissão de Inteligência. Três deles, convocados pela maioria democrata, foram categóricos ao dizer que o presidente cometeu atos que justificam sua saída do cargo. Um deles, Noah Feldman, professor de Direito da Universidade Harvard, afirmou que, se o Congresso não tomar uma atitude, ficará claro que o país não “vive mais em uma democracia”. Michael Gerhardt, da Universidade da Carolina do Norte, considerou que, se sair impune, Trump será um exemplo para que outros líderes façam o mesmo. Já Pamela Karlan, da Universidade de Stanford, deixou claro que se tratava de um processo de “interesse nacional”.

Por outro lado, o professor da Universidade George Washington Jonathan Turley , único nome convocado pelos republicanos, questionou os motivos alegados pelos democratas, dizendo que processos desse tipo e com essa velocidade tendem a fracassar. No entanto, ele afirmou que, se forem encontradas provas de que Trump usou a ajuda militar à Ucrânia para benefício pessoal, ele poderia estar sujeito ao impeachment.

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