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Colunistas A campanha política no Rio Grande e o fator Sartonaro. E eu vou de Aldo!

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Obras, finanças, Regime de Recuperação Fiscal e transição são alguns dos pontos que serão abordados na Federasul (Foto: Karine Viana/Palácio Piratini)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O candidato Sartori perdeu no primeiro turno e resolveu, no segundo, por obra e graça de algum “jênio” do “marque tingui”, adotar o slogan “sartonaro”. Queria pegar carona com o efeito Bolsonaro. Fico imaginando o diálogo: Governador, temos que criar algo novo. Depois que Bibo Nunes criou o Bibolsonaro, ficamos matutando e, eureca, tivemos a epifania. Governador Sartori agora será Sarto… e o marqueteiro deu um espaço para suspense e completou: naro. O governador não entendeu bem e pediu para repetir. E o marqueteiro tascou: Sartonaro.

E todos aplaudiram. Uma solução que estava ali, na frente deles e somente um jênio (com j) podia mesmo ter descoberto a mágica: Sartonaro. Isso depois – e tenho a informação de coxia – de inúmeras outras tentativas, como BolsoSar; Bolsoivo; Josivonaro; Ivonaro; Bolsastori; BolSa…até que saiu o revolucionário Sartonaro. Dizem que o governador ficou treinando, porque no início dizia Bolsonauro, por causa do costume de a gente falar em “dinossauros”. Por exemplo, o dinossauro mais antigo do mundo é da minha terra, Agudo, batizado de Bagualossauro. O que isso tem a ver com o Sartori? Nada. Apenas aproveito para fazer a propaganda do Bagualossauro Agudensis.

Enfim, a estratégia de guerra do general do marque tingui (sic) do Sartori deu errado e Eduardo Leite ganhou. Interessante que, em algumas vezes, na propaganda de rádio, Eduardo Leite era beneficiado. Explico: em uma das rádios, depois da propaganda do leite santa clara, logo depois vinha a propaganda do…Leite. Calma, calma, estou apenas exercendo minha verve humorística.

De todo modo, faltou matemática. Se os votantes do PT fossem fustigados, não pareceria óbvio que eles tinham dois caminhos: anulariam o voto ou votariam contra o fustigador. Bingo. Deu no que deu. Sartonaro perdeu todos os votos petistas e pecedobistas e quejandos.

Os debates foram deveras interessantes. O governador que atrasou salários durante os quatro anos sendo contestado pelo candidato que dizia que começaria já pagando em dia. Alvíssaras. Como não iria vencer o pleito?

O que é fluxo de caixa? Sei lá. Sartonaro tentava explicar, mas Leite dizia que a explicação era furada. Confesso que não entendi nada. A cada acusação, o outro diz: isso é falso. Cheguei a seguinte conclusão: os dois candidatos têm razão. Total razão.

O resultado é que não teremos mais problemas com a segurança pública. Aqui perto de casa vi dois velhinhos consertando a casa, abandonada de há muito. Com a volta da segurança plena com Bolsonaro, Leite e Moro (o trio será conhecido como Bolsolemo?) no superministério, eles confiam, segundo me disseram, que poderão dispensar o apartamento e voltar a morar na casa.

Vi também que, ao lado das ações da Taurus terem subido, caíram as ações das empresas de segurança privada.

A ver, sem h. Não torço contra o piloto do avião em que estou voando. Se já não torno contra o piloto do avião dos outros, muito menos no que estou. Mas que a promessa de um mundo novo surtiu efeito, ah, isso surtiu. Vi pessoas chorando de emoção, enrolados na bandeira do Brasil. As árvores darão favos de mel e os rios fornecerão leite. Sem trocadilho, por favor. Essa é a promessa da terra prometida. Todas as utopias são assim. Por vezes, utopias viram distopias. A ver, de novo sem o h.

PS: nunca mais o Sartori será chamado de Sartori. As pessoas o chamarão de Sartonaro. Isso pega. Cola como aquelas músicas que pegam na gente, tipo “Eu vou de Aldo”. Lembram? Cada vez que alguém encontrava o Aldo Pinto (grande deputado e de saudosa memória, registre-se), cantarolava: eu vou de Aldo…Quando o encontrei pela primeira vez, brinquei com ele sobre o jingle. Eu riu muito.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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Recuo estratégico
É Bolsonaro que deve baixar o tom
https://www.osul.com.br/a-campanha-politica-no-rio-grande-e-o-fator-sartonaro-e-eu-vou-de-aldo/ A campanha política no Rio Grande e o fator Sartonaro. E eu vou de Aldo! 2018-11-03
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