Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A economia brasileira caminha para um crescimento tímido em 2021

Compartilhe esta notícia:

Em fevereiro de 2020, o índice havia caído 0,04% e acumulava alta de 6,82% em 12 meses. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

A alta de 7,7% do PIB brasileiro no 3º trimestre e a expansão projetada para o período seguinte não devem afastar o Brasil de um cenário de crescimento tímido em 2021.

As projeções do boletim Focus, do Banco Central, estimam alta de 3,45% para o PIB do ano que vem, após uma queda em torno de 4,5% em 2020. Boa parte desse número é o que se chama de carrego estatístico — a herança que fica do desempenho positivo da atividade deste ano para o próximo.

Economistas estimam que o carrego deve variar de 2% a 3%, e elencam uma série de incertezas que dificultam uma retomada mais robusta da atividade econômica.

A principal delas é a dúvida quanto a resolução da crise fiscal do país, além do suporte à população em momento de saída de crise sem furar o teto de gastos.

O teto se tornou uma espécie de âncora fiscal para o mercado, pois impede o crescimento das despesas acima da inflação do ano anterior. Sem ele, a percepção de risco pode dos investidores com o Brasil tende a piorar, o que pode provocar uma saída ainda maior de investidores, desvalorização ainda maior da taxa de câmbio e aumento de juros.

“O risco é de baixa para a atividade. A gente vê essa agenda fiscal escorrendo cada vez mais para 2021. O país entra em 2021 com um nível de incerteza mais alto.”, afirma Alessandra Ribeiro, economista e sócia da consultoria Tendências.

Parte dos economistas defende uma remodelação do conceito do teto de gastos, abrindo espaço para investimentos e assistência social em momento de crise. Isso porque, na virada do ano, seria necessário um aporte mais robusto do governo para substituir ou diminuir aos poucos a injeção de recursos garantida pelo auxílio emergencial, que deu energia à demanda e amorteceu a queda do PIB ao longo de 2020.

Criado para reduzir os efeitos da pandemia no orçamento das famílias, o auxílio se revelou o principal motor de crescimento da economia neste ano e turbinou o consumo das famílias mesmo em um ano de crise. A ajuda representou uma injeção de recursos de cerca de R$ 330 bilhões na economia – cerca de R$ 50 bilhões ao mês quando eram pagas as parcelas de R$ 600.

O valor é bem mais expressivo do que o do Bolsa Família, que custa cerca de R$ 35 bilhões ao ano e beneficia 14 milhões de famílias. Nas contas da Tendências, uma ampliação do Bolsa Família, com tíquete médio de R$ 300 e atendendo 17,5 milhões de famílias, faria com que o governo precisasse “achar” R$ 30 bilhões no Orçamento do próximo ano.

Mais do mesmo

Já no início de dezembro e ainda sem clareza sobre um plano de ação — ou eventual impulso à economia —, o cenário à frente se torna ainda mais turvo e reduz expectativas de um crescimento que surpreenda.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Mercado privado não tem previsão de recebimento de vacinas contra Covid-19
Infogripe indica que 13 capitais têm tendência de avanço da Covid-19
https://www.osul.com.br/a-economia-brasileira-caminha-para-um-crescimento-timido-em-2021/ A economia brasileira caminha para um crescimento tímido em 2021 2020-12-03
Deixe seu comentário
Pode te interessar