Quarta-feira, 01 de maio de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
19°
Rain Shower

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A energia e a gasolina fizeram a inflação acelerar: a alta de 0,40% em maio superou as previsões. Índice ainda não refletiu integralmente o efeito da greve dos caminhoneiros

Compartilhe esta notícia:

A taxa veio bastante acima do esperado pelos analistas, que era 0,29%. (Foto: Freepik)

A gasolina e a energia elétrica foram responsáveis por fazer a inflação do mês de maio acelerar para 0,40%, em relação ao mês anterior, contrariando as apostas de que a greve dos caminhoneiros, iniciada quatro dias antes do fim do período de coleta de preços pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), fosse causar maior impacto sobre a variação do mês. Juntos, esses dois itens representaram quase três quartos (0,27 ponto percentual) do total do resultado geral de maio. A taxa veio bastante acima do esperado pelos analistas, que era 0,29%.

Em abril, havia ficado em 0,22% e em maio do ano passado em 0,31%, nessa mesma comparação. Em 12 meses, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) também acelerou, para 2,86%. No ano, a alta chegou a 1,33%, menor taxa para o período desde o Plano Real. Os dados foram divulgados pelo IBGE na sexta-feira (8).

O impacto da greve dos caminhoneiros na inflação de maio é difícil de captar, segundo o coordenador de Índices de Preços do IBGE, Fernando Gonçalves. Assim como os consumidores, os funcionários do IBGE tiveram dificuldades de encontrar alguns produtos para coletar preços no período da greve. E, como a greve começou em 25 de maio, o índice só captou cinco dias dos problemas de abastecimento e aumento de preços causados pela paralisação. As frutas e os ovos, por exemplo, assim os como os botijões de gás, que sumiram das prateleiras durante a greve, ou quando estavam à venda tinham preços mais altos, por conta da escassez, tiveram deflação em maio: de -2,08%, -1,62% e -0,07%.

“É possível que no resultado de junho tenhamos uma noção maior de onde ocorreram os impactos e o tamanho deles”, disse Gonçalves.

Ele também explicou que todos os produtos têm preços captados ao longo do mês em diferentes estabelecimentos. Ou seja, postos, lojas de vestuários e estabelecimentos de alimentação, por exemplo, são visitados em todas as quatro semanas dentro de um mês. A cada semana a coleta ocorre em um estabelecimento diferente. Então, se na última semana de captação os estabelecimentos visitados estavam desabastecidos, a média de preços daquele produto foi feita com base no que foi coletado nas três semanas anteriores.

Gonçalves aponta que principalmente os produtos hortifrutigranjeiros tiveram os preços pressionados para cima pela greve. “O desabastecimento também afetou a coleta de preços. Então para os produtos que não foram encontrados, usamos a média das três semanas anteriores. Mas os hortifrutis foram os mais afetados, tanto que o preço da cebola, batata e cenoura aceleraram.”

O maior impacto no índice foi da gasolina, que respondeu por 0,15 ponto percentual dos 0,40% da inflação de maio, ao subir 3,34% em relação a abril. Apesar da aplicação de preços abusivos durante a greve, não há certeza de que foram captados pela pesquisa e impactado o resultado da variação desse item, pois só no período de coleta de preços do mês de maio (entre 28 de abril e 29 de maio), a Petrobras reajustou em 8% os preços desse combustível na refinaria. O sistema de revisão diária dos preços nas refinarias desse combustível tem sido alvo de polêmica e reclamações. Já acumula alta de 6,82% no ano e de 21,48% em 12 meses para o consumidor.

O preço do diesel, que foi a motivação da greve, subiu em maio 6,16% em relação ao mês anterior, frente a uma alta bem menor registrada em abril, de 1,84%. Em 12 meses, a alta do diesel estava em 19,8% em maio e no ano em 10,43%.

A energia elétrica, após alta de 0,99% em abril, em relação a março, acelerou para 3,53% em maio, correspondendo a 0,12 pontos percentuais do índice do mês. Essa alta é resultado da aplicação da bandeira amarela sobre as contas de luz de maio, adicionando a cobrança de R$ 0,010 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos. Em junho, essa alta deve ser ainda maior, já que desde o dia 1° vigora a bandeira vermelha patamar 2, a mais alta de todas as estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,050 para cada quilowatt-hora kWh consumido.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Operação em quatro comunidades no Rio resultou em 16 presos
A pré-candidata à presidência da República Marina Silva criticou a estratégia de ataques contra Jair Bolsonaro
https://www.osul.com.br/a-energia-e-a-gasolina-fizeram-a-inflacao-acelerar-a-alta-de-040-em-maio-superou-as-previsoes-indice-ainda-nao-refletiu-integralmente-o-efeito-da-greve-dos-caminhoneiros/ A energia e a gasolina fizeram a inflação acelerar: a alta de 0,40% em maio superou as previsões. Índice ainda não refletiu integralmente o efeito da greve dos caminhoneiros 2018-06-09
Deixe seu comentário
Pode te interessar