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Mundo A Microsoft tenta “amarrar” o usuário este ano com o “Teams”

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Uso da ferramenta digital permitiu que companhias funcionassem durante a pandemia. (Foto: Reprodução)

Se 2020 foi o ano das reuniões por vídeo, 2021 poderia ser o ano de consolidação no cerne da vida profissional desses aplicativos que ascenderam à primeira divisão durante a crise.

Nessa corrida para remodelar o trabalho diante da pandemia, não há ninguém com mais ambições do que a Microsoft. Isso poderia fazer do Teams, o serviço de comunicação e colaboração integrado no Office, seu novo produto mais importante por muitos anos.

O número de usuários ativos diários do Teams pulou de 13 milhões em 2019 para 115 milhões em setembro.

O Teams, segundo Satya Nadella, executivo-chefe da Microsoft, ruma a tornar-se uma plataforma digital tão importante quando um navegador de internet ou um sistema operacional de computador.

Em entrevista ao “Financial Times”, o executivo considerou os softwares na nuvem uma nova “camada organizadora”, reunindo em um só lugar todas as ferramentas que um funcionário precisa, além de servir de plataforma para que outros programadores ofereçam seus próprios serviços. O resultado: ferramentas de cooperação, reuniões por vídeo, bate-papos e outros aplicativos profissionais, tudo acessado por meio de uma interface única ao usuário.

Se o mundo do trabalho nunca viu nada parecido antes, na esfera do consumidor existe pelo menos um paralelo. “Na China, o WeChat é a internet, esse é um ótimo exemplo”, disse Nadella. “Não há um equivalente no Ocidente. Quando muito, provavelmente o mais perto que temos no ambiente de trabalho é o Teams.”

O entusiasmo do chefe da Microsoft é compreensível. O Teams, ao lado de aplicativos de empresas como Zoom e Google, funcionou como o amálgama digital que manteve muitas empresas operando em 2020. O número de usuários ativos diários do Teams pulou para 115 milhões no fim de setembro, em comparação aos 13 milhões em meados de 2019.

Os usuários do Teams passaram, durante um único dia do terceiro trimestre, 30 bilhões de minutos (uma média de mais de 4 horas por pessoa) em tarefas como videoconferências, compartilhamento de documentos e revendo reuniões. Tendo em vista o longo tempo que normalmente leva para um novo software se consolidar, o sucesso do Teams se deu praticamente da noite para o dia, tornando-o uma nova e importante porta de acesso direto à vida profissional digital.

A Microsoft deseja ter “o ‘portal cativo’ por meio do qual se usa todo o resto”, disse o analista Jim Gaynor, da empresa independente de análises Directions on Microsoft. “Eles tentaram isso repetidamente. O Teams é o mais perto que chegaram a que isso ‘pegue’.”

Criar um “espaço de trabalho” único como esse também remete às ambições da Microsoft em seus dias de domínio nos computadores pessoais, disse Wayne Kurtzman, analista da IDC. “Essa era a promessa original do Windows – rodamos o círculo completo.” “Eles estão fazendo uma iteração [repetição da estratégia] muito rápida”.

O foco da Microsoft agora vem sendo redirecionado para tornar o Teams um canal por meio do qual os usuários possam acessar os aplicativos do Office. A empresa também vem promovendo o Teams como uma plataforma para outros programadores, na expectativa de que desenvolvam uma nova geração dos chamados aplicativos leves (que exigem pouca capacidade de memória) e reorientem todos os seus processos de trabalho em torno ao Teams.

A venda do Slack há um mês para a Salesforce é um sinal do progresso obtido pela Microsoft. O preço de US$ 27 bilhões foi uma enorme vitória para os acionistas do Slack, mas também uma admissão de que seu caminho para tornar-se uma força maior no mundo do software estava bloqueado. O Zoom, o software sensação de 2020, agora se depara com problemas similares à medida que a Microsoft se empenha no segmento de reuniões por vídeo.

“Eles tinham o Slack na mira e agora declararam vitória”, disse Art Schoeller, analista da Forrester. “Está muito claro: eles estão prestando atenção ao Zoom e fazendo uma iteração muito rápida.”

Os críticos da Microsoft dizem que a empresa está recorrendo a táticas agressivas, parecidas às de antes de Nadella assumir como executivo-chefe em 2014. Isso inclui oferecer o Teams como um acréscimo gratuito no Office, tornando-o uma escolha natural para qualquer organização que já pague pelas ferramentas de uso geral da Microsoft.

“É a cartilha da Microsoft, tente de novo, de novo e de novo: misture e tire
intermediários”, disse Schoeller.

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https://www.osul.com.br/a-microsoft-tenta-amarrar-o-usuario-este-ano-com-o-teams/ A Microsoft tenta “amarrar” o usuário este ano com o “Teams” 2021-01-07
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