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Economia A Petrobras planeja voltar a encomendar plataformas. Desde 2014, 20 estaleiros fecharam as portas

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O objetivo é programar encomendas para produção de petróleo a partir de 2022. (Foto: Reprodução)

A Petrobras decidiu voltar a comprar plataformas e começou a mapear a situação do setor naval, que está em crise. Nos últimos anos, a estatal alugava embarcações. O objetivo é programar encomendas para produção de petróleo a partir de 2022. Desde 2014, 20 estaleiros fecharam as portas no país. As empresas dizem que podem suprir a demanda, mas que não conseguem competir com a China. Um fator-chave para o negócio, porém, é a competitividade.

A Petrobras diz que não pagará preços mais altos que os de mercado. A Petrobras planeja ir às compras. Com a melhora de condições financeiras e a redução do endividamento (atualmente em R$ 361,5 bilhões), a estatal quer voltar a ter plataformas próprias e não mais alugar (afretar), como tem feito nos últimos seis anos. A petroleira começou a mapear a situação dos estaleiros brasileiros, que vivem hoje uma grave crise. O objetivo é programar encomendas de unidades necessárias para produção de petróleo a partir de 2022, informou o diretor de Desenvolvimento da Produção e Tecnologia da Petrobras, Hugo Repsold.

Ainda não há definição sobre o número de embarcações que a estatal pretende adquirir, mas a construção total ou parcial das unidades no país deve ter impacto na economia e na indústria naval. Nas estimativas do mercado, o custo de um navio-plataforma (FPSO, na sigla em inglês) com capacidade de produção de 150 mil barris por dia é de US$ 1,5 bilhão no mercado internacional. Para a indústria naval, pode ser um sinal de alento. No início de 2010, o setor comemorava a retomada das encomendas de plataformas e navios da Petrobras, mas, desde 2015, afundou numa crise após o corte de projetos da estatal, reflexo do escândalo de corrupção revelado pela Operação Lava-Jato – com investigações que atingiram os controladores de diversos estaleiros nacionais. Segundo o Sinaval, que reúne as empresas do setor, de 2014 para cá ao menos 20 estaleiros fecharam as portas, levando junto 50 mil empregos. Atualmente, estão em operação apenas 32 estaleiros, contra os 52 que existiam em 2014. A indústria emprega hoje 30 mil trabalhadores. Já chegou a ter 82 mil.

“Estamos fazendo uma avaliação do setor para poder retomar as conversas com as empresas e para que elas tenham oportunidade de se reerguer financeiramente e possam participar do processo. Muitos estaleiros são excelentes, com hardware de primeira linha, basta trabalhar na engenharia, na capacitação de gestão para que possam ter os mesmos resultados que a indústria naval tem em outros países”,  destaca Repsold, que considera estratégico para a empresa contar com um mix de plataformas próprias e afretadas.

Um dos fatores-chave para que o negócio saia do papel é a competitividade. Enquanto ainda vigoravam regras com percentuais mais elevados de conteúdo nacional, a Petrobras recorreu à Agência Nacional do Petróleo (ANP) para ser liberada da obrigação, alegando que a diferença de preço chegava a 40% para o projeto de Libra. A discussão colocou a estatal e a indústria em lados opostos. Posteriormente, o governo flexibilizou as regras. O diretor da Petrobras garante que, ao contrário do que ocorreu no passado, a estatal não pagará um preço maior em relação à cotação internacional.

“A Petrobras não vai arcar com ineficiência ou pagar uma diferença para compensar ineficiência ou dificuldade que exista neste setor no país. A indústria tem de atingir um grau de competitividade para disputar em igualdade de condições com outros países”, disse Repsold, que há um debate com governos, empresas e órgãos do setor para discutir quais melhorias podem ser feitas em âmbito tributário, de infraestrutura e trabalhista para viabilizar uma retomada da indústria naval.

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https://www.osul.com.br/a-petrobras-planeja-voltar-a-encomendar-plataformas-desde-2014-20-estaleiros-fecharam-as-portas/ A Petrobras planeja voltar a encomendar plataformas. Desde 2014, 20 estaleiros fecharam as portas 2018-05-05
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