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Rio Grande do Sul A pioneira nacional Veranópolis e outras três cidades gaúchas são consideradas “amigas do idoso”. Brasil só tem 32 municípios assim

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Título criado em 2006 pela OMS é também atribuído a Porto Alegre, Esteio e Pelotas. (Foto: EBC)

Desde sua criação pela Organização Mundial da Saúde (OMS), há 27 anos, o título de “cidade amiga do idoso” é compartilhado por um seleto grupo de 1.542 municípios de 51 países. O Brasil possui 32 localidades com esse status, cabendo o pioneirismo nacional a Veranópolis (Serra Gaúcha), em 2016 – hoje o Estado conta com mais três: Porto Alegre, Esteio e Pelotas.

O Paraná lidera o ranking brasileiro, com 24 integrantes da lista (incluindo sua capital, Curitiba). São Paulo tem duas (Jaguariúna e São Jose do Rio Preto), enquanto Santa Catarina (Balneário Camboriú) e Minas Gerais (Itabirinha) têm uma cada, totalizando assim 31 membros do “clube”.

“Não basta viver muito, é preciso viver bem”, ressalta Waldemar De Carli – ele próprio um idoso de 71 anos e que comanda a prefeitura de Veranópolis, cidade de quase 27 mil habitantes. “Um dos segredos para se viver mais e melhor é começar a cuidar da saúde o quanto antes, se possível já na infância ou adolescência.”

Veranópolis também é conhecida informalmente como “Blue Zone [Zona Azul] brasileira”, expressão inventada em 1999 pelo jornalista norte-americano Dan Buettner para cidades com maior proporção de indivíduos centenários em todo o mundo. Dividem o topo do ranking Loma Linda (EUA), Nicoya (Costa Rica), Sardenha (Itália), Ikaria (Grécia) e Okinawa (Japão).

Quanto ao “Cidade Amiga do Idoso”, o conceito foi criado em 2oo7 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com a ajuda de especialistas como o gerontólogo Alexandre Kalache. Naquela época ele dirigia o departamento de Envelhecimento Saudável da OMS. Hoje com 78 anos, morador de Copacabana (bairro carioca que está entre os de maior concentração de idosos no País) e presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil, ele explica o termo:

“Uma cidade é considerada amigável se atende a oito aspectos da vida urbana. Espaços abertos e prédios, transporte, moradia, participação social, respeito e inclusão social, participação cívica e emprego, comunicação e informação, e apoio comunitário e serviços de saúde. No caso do transporte, a cidade-candidata precisa preencher, entre outros requisitos, tarifas baixas, assentos preferenciais e motoristas gentis. Ônibus superlotados, por exemplo, nem pensar”.

Estudo paralelo

Há no Brasil um outro estudo para avaliar as cidades ideais para quem quer viver mais e melhor: o “Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade” (IDL), criado pelo Instituto de Longevidade. Seus critérios de avaliação são diferentes dos utilizados pela OMS.

Também entram na conta, por exemplo, questões como participação social, segurança, educação, capacidade de ofertar serviços e recursos humanos de saúde, além das condições econômicas e financeiras das cidades e de seus habitantes com idade a partir de 60 anos.

Em sua terceira edição, o IDL 2023 apontou São Caetano do Sul (SP) como a preferida dos idosos entre as cidades grandes (acima de 100 mil habitantes). Já São Lourenço (MG) e Peritiba (SC) aparecem entre as de médio porte (34,8 mil a 99,9 mil habitantes) e pequeno porte (até 34,8 mil), respectivamente, como as mais bem preparadas para esse segmento populacional.

O ranking é feito a cada três anos, com base em três variáveis: economia, socioambiental e saúde. Todos os 5.570 municípios brasileiros foram avaliados e apenas 428 tiveram resultado considerado satisfatório. Indagado se as cidades brasileiras estão preparadas para o envelhecimento de seus habitantes, o Instituto da Longevidade ressalta: “Todos os 5.570 municípios brasileiros foram avaliados e apenas 428, o que equivale a meros 7%, alcançaram um desempenho considerado satisfatório. Há muito a melhorar”.

(Marcello Campos)

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