Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 18 de junho de 2019
A PF (Policia Federal) prendeu na manhã desta terça-feira (18), o prefeito de Florianópolis (SC), Gean Loureiro (sem partido); o delegado Fernando Caieron, da própria PF; e o ex-secretário estadual da Casa Civil, Luciano Veloso Lima.
Eles são suspeitos de participar de uma organização criminosa que violaria o sigilo de operações policiais em Santa Catarina, além de construir um esquema para bloquear o monitoramento de órgãos públicos.
Chamada de Chabu, a operação ainda cumprirá outros mandados de prisão ao longo do dia, além de promover busca e apreensão em endereços dos suspeitos. O nome dado à operação significa “dar problema”, “falha no sistema”. O termo era empregado por alguns investigados para avisar sobre a existência de futuras operações policiais.
De acordo com a PF, a organização criminosa era composta por políticos, empresários e policiais da PF e da Polícia Rodoviária Federal lotados em serviços de inteligência. O grupo buscava atrapalhar investigações policiais em troca de vantagens financeiras.
As provas da investigação, segundo a PF, apontam prática de associação criminosa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, tráfico de influência e corrupção ativa.
Afastamento
O TRF-4 (Tribunal Regional da 4ª Região) determinou o afastamento de Gean Loureiro (sem partido), um dos sete presos na Operação “Chabu” nesta terça, do cargo de prefeito de Florianópolis por 30 dias. A decisão é do desembargador federal Leandro Paulsen, que determinou ainda a prisão temporária do político.
O magistrado também proibiu o prefeito de qualquer contato com outros envolvidos na operação, além do recolhimento do passaporte e que Loureiro não saia do Estado. O motivo da prisão não foi informado pelo TRF-4.
A prefeitura afirmou que ainda não oficializada da decisão do afastamento e que, quando isso ocorrer, o vice-prefeito, João Batista, assumirá o posto de Loureiro.
Soltura
Depois de ser levado para a PF e prestar depoimento na manhã desta terça, Gean Loureiro foi solto.
Em uma rede social, durante pronunciamento de 3min47seg na noite desta terça, ele disse que se sentia na obrigação de prestar esclarecimento, reiterou uma postura de honestidade e que vai mostrar que “tudo não passou de uma grande injustiça”.
“Hoje cometeram a maior injustiça da minha vida comigo e com toda a minha família”, afirmou.