Segunda-feira, 28 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 6 de junho de 2018
Os depósitos na caderneta de poupança superaram os saques em 2,4 bilhões de reais em maio, informou o Banco Central nesta quarta-feira (6). O resultado positivo é o maior para maio desde 2013, quando 5,625 bilhões de reais ingressaram na aplicação.
Se considerados os cinco primeiros meses deste ano, os depósitos superaram as retiradas em 1,71 bilhão de reais. Até abril, esse resultado estava negativo. Esse foi, também, o melhor resultado para o período de janeiro a maio desde 2014.
Saldo de 740 bilhões de reais
Com a entrada de recursos na poupança em maio, o estoque dos valores depositados, ou seja, o volume total aplicado, registrou aumento no mês passado.
No fim de abril de 2018, o saldo da poupança estava em 735,432 bilhões de reais. Já ao final de maio, somava 740,639 bilhões de reais.
Além dos depósitos e das retiradas, os rendimentos creditados nas contas dos poupadores também são contabilizados no estoque. Em maio deste ano, os rendimentos somaram 2,801 bilhões de reais.
Atratividade da poupança
Com a queda dos juros básicos da economia em 2017 e nos primeiros meses deste ano, a caderneta de poupança passou a render menos.
Pela norma em vigor, há corte no rendimento da poupança sempre que a taxa Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano. Nessa situação, a correção anual das cadernetas fica limitada a 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, calculada pelo BC.
Hoje a Selic está em 6,50% ao ano. Como a regra prevê que a correção da poupança seja de 70% dessa taxa, ela está hoje em 4,55% ao ano, mais Taxa Referencial.
Mas a queda de rendimento afeta também as aplicações conhecidas como prefixadas, ou seja, que têm por base a Selic.
Segundo cálculos da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), a poupança continuará sendo uma “excelente opção de investimento, principalmente sobre os fundos cujas taxas de administração sejam superiores a 1% ao ano”.
Analistas avaliam que o Tesouro Direto, programa que permite que pessoas físicas comprem títulos públicos pela internet, via banco ou corretora, sem necessidade de aplicar em um fundo de investimentos, também pode ser uma boa opção para os investidores. O programa tem atraído a atenção de aplicadores nos últimos anos.