Quarta-feira, 16 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 25 de julho de 2020
O Ministério de Relações Exteriores da China comunicou à Embaixada Americana em Pequim sobre a ordem do consulado dos Estados Unidos em Chengdu para finalizar todas as suas operações e atividades. O governo chinês disse que a medida é uma resposta legítima e necessária para o comportamento irracional dos Estados Unidos.
A decisão de Pequim acontece depois de Washington pedir o encerramento da missão diplomática do país asiático em Houston, no Texas. Na ocasião, o governo norte-americano defendeu que o local era utilizado para a espionagem de cidadãos americanos.
O aumento da tensão entre Estados Unidos e China chama atenção por conta da guerra comercial entre os dois países impacta o mercado agrícola. O diretor da RC Mercosul, Mateus Pereira, comentou o reflexo dessa situação nos mercados.
“Os atritos políticos entre norte-americanos e chineses se intensificaram nos últimos dias, acompanhando a tensão que já dura mais de dois anos no âmbito político e comercial entre os países. As últimas declarações entre os Trump e Xi Jinping foram mais intensas, o que continua favorecendo e fomentando a demanda pela soja aqui no Brasil”, diz Pereira.
Porém, de acordo com o diretor, há alguns critérios importantes para se atentar, são eles as confirmações de que estatais chineses continuam fazendo compras estritamente necessárias da soja norte-americana disponível no país, uma vez que a América do Sul ainda não tem capacidade total para fornecer a demanda anual chinesa.
“As estatais continuam comprando a oleaginosa norte-americana mesmo em meio a conflitos políticos por conta da necessidade, por outro lado, todas as importadoras privadas da China continuam concentrando as novas compras pelo produto da América do Sul, que se colocadas as tarifas vigentes de 25% sobre a tarifação do produto importado dos Estados Unidos, a soja disponível no Brasil, por mais que seja mais escassa, ainda é uma opção mais barata para ser exportada comparada a dos norte-americanos”, finaliza Mateus Pereira.
Preços no Brasil
Os players do mercado mundial permanecem acompanhando de perto a evolução da pandemia do novo coronavírus e seus impactos socioeconômicos, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. Paralelamente, também avaliam o recente aumento nas tensões geopolíticas entre Estados Unidos e China.
Na soja, os agentes ainda olham para o clima para o desenvolvimento da nova safra dos EUA e sinais de demanda chinesa pela soja norte-americana. Quer saber o que pode mexer com os preços da oleaginosa ? Confira as dicas do analista Luiz Fernando Roque.
Os dados sobre a pandemia trazem forças opostas para os mercados neste momento. Enquanto o número de casos aumenta nos Estados Unidos, a situação parece estar controlada na Europa e na Ásia. O inédito pacote monetário anunciado pela União Europeia para os países do bloco é fator positivo para o curto prazo. A temporada de balanços corporativos do segundo trimestre deve continuar chamando a atenção, já que até agora os números têm surpreendido positivamente. O aumento de casos nos EUA em meio à reabertura da economia é fator negativo.