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Por Redação O Sul | 29 de janeiro de 2021
A recomendação vale para pessoas com mais de 18 anos e até 64.
Foto: Tânia Rêgo/Agência BrasilA Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) recomendou a aprovação, nesta sexta-feira (29), da vacina da Universidade de Oxford e da AstraZeneca contra a Covid-19. A recomendação vale para pessoas com mais de 18 anos.
A avaliação de segurança e eficácia da vacina foi feita a partir de quatro ensaios com voluntários humanos, e a agência informou que a recomendação foi baseada em dois ensaios, realizados no Brasil e Reino Unido, porque os outros dois tiveram apenas seis casos de Covid cada entre os participantes.
A agência também considerou a aplicação da vacina em duas doses, com a segunda aplicada de 4 a 12 semanas após a primeira. Foram analisados os resultados envolvendo pessoas que receberam este formato de doses.
A vacina de Oxford/AstraZeneca deve ser aplicada apenas em pessoas com idades entre 18 e 64 anos, devido à falta de dados sobre sua eficácia em idosos, conforme afirmou o comitê de vacinas da Alemanha em um projeto de recomendação na quinta-feira.
União Europeia começou recentemente a investigar se as vacinas produzidas na região foram destinadas ao Reino Unido em meio à escassez em países europeus. Inspetores da agência de medicamentos da Bélgica, estiveram, a pedido da Comissão Europeia, em vistoria em uma fábrica da AstraZeneca, próxima de Bruxelas, onde foram recolhidos documentos para avaliar se houve desvio.
A investigação teve início depois da empresa britânica dizer que não conseguiria cumprir seus contratos que previam a entrega de 80 milhões de doses no primeiro trimestre. Embora a AstraZeneca tenha alegado problemas na a explicação não convenceu. No Reino Unido a vacinação segue bem mais adiantada do que o restante do bloco.
A vacina de Oxford/AstraZeneca foi a terceira liberada no bloco europeu. As primeiras foram as vacinas desenvolvidas pela Pfizer e pela Moderna. Embora recomendada, a decisão ainda depende de aprovação final da Comissão Europeia, mas o processo vem ocorrendo de forma ágil, ao menos no caso das primeiras vacinas.
Muitos países do continente têm lutado para vacinar pessoas rapidamente como fazem Estados Unidos, Israel e Reino Unido, e há muito se esperava a provação da vacina da AstraZeneca, o que se imagina que vá acelerar o processo.