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Mundo Alemanha bane grupo de extrema direita que defendia a criação de um “Estado nazista”

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Pelo menos duas regiões do país podem entrar em lockdown se a tendência de alta não for revertida. (Foto: Reprodução)

A Alemanha baniu o grupo neonazista Sturmbrigade 44 (Brigada da tempestade 44) por promover o ódio, anunciou nesta terça-feira (1º) o ministro do Interior, Horst Seehofer. Mais de 180 policiais fizeram operações em três Estados do país, confiscando armas, facas, propagandas e materiais com suásticas e outros símbolos nazistas.

De acordo com o ministro, o grupo conhecido também como Wolfsbrigade 44 (Brigada do lobo 44) “semeia o ódio e defende o restabelecimento de um Estado nazista”. O objetivo, afirmou Seehofer, seria “reimplementar a pátria livre” segundo a “lei moral germânica”.

“Quem tentar minar os valores fundamentais de nossa sociedade liberal enfrentará a reação determinada do Estado constitucional”, afirmou Seehofer, em comunicado.

Ao pôr o grupo na ilegalidade, o governo alemão pôde tomar uma série de medidas adicionais para confiscar seus materiais e infraestrutura. Em paralelo com as operações nas casas de 11 membros do grupo nos estados de Hesse, Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental e Renânia do Norte-Vestfália, os símbolos da organização, como uma caveira e duas granadas, marcadas com o número 44, também foram banidos.

O 44 refere-se à letra “D”, a quarta do alfabeto, em uma abreviação para Divisão Dirlewanger, uma referência a Oskar Dirlewanger, um notório criminoso de guerra e comandante das SS acusado de ordenar massacres de civis na Bielorrússia em 1940.

Fundada em 2016, a organização de extrema direita é conhecida por suas visões antissemitas e racistas e por demonstrações de agressividade nas redes sociais. De acordo com Seehofer, os membros do grupo “de ideologia desumana” expressaram “claramente seu apoio a Adolf Hitler”.

Em 2018, uma sacola com armas e uma camisa com o nome da Sturmbrigade 44 foi encontrada em um trem e, no ano passado, medidas já haviam sido realizadas para desmantelar suas operações.

O episódio faz parte de uma série de ações do governo alemão para desmantelar organizações neonazistas no país. No início do ano, Berlim também baniu as atividades do Nordadler, outra organização similar, e do Combat 18, realizando operações policiais para desmantelá-lo em seis estados, confiscando armas e materiais nazistas.

Os membros da organização produziam inclusive músicas neonazistas e shows para grupos de extrema direita. O 18 em seu nome é uma referência à primeira e à oitava letra do alfabeto, A e H, iniciais de Adolf Hitler.

Em novembro de 2018, promotores federais da Alemanha acusaram 12 extremistas de conspiração para cometer “ataques terroristas” contra políticos, solicitantes de asilo e muçulmanos. Em fevereiro, um partidário de teorias racistas e antissemitas matou 10 pessoas de origem estrangeira em Hanau, a leste de Frankfurt.

“Cidadãos do Reich”

A infiltração da extrema direita nas forças de segurança também preocupa as autoridades. A Inteligência militar abriu uma investigação contra oito funcionários civis suspeitos de pertencerem ao movimento Reichsbuerger (Cidadãos do Reich), que não reconhece o Estado moderno alemão.

“Não toleramos inimigos da Constituição no Bundeswehr”, disse a ministra da Defesa, Annegret Kramp-Karrenbauer, referindo-se às Forças Armadas.

Em setembro deste ano, o Departamento de Polícia do Estado da Renânia do Norte-Vestfália suspendeu 29 policiais suspeitos de compartilhar imagens de Hitler e propaganda neonazista violenta em pelo menos cinco grupos de bate-papo on-line. As 126 imagens compartilhadas incluíam suásticas, uma imagem manipulada de um refugiado em uma câmara de gás e tiros contra um homem negro, segundo as autoridades.

Um relatório divulgado em outubro mostrou que as forças de segurança alemãs registraram mais de 1.400 casos suspeitos de extremismo de direita entre policiais, militares e integrantes dos organismos de inteligência entre janeiro  de 2017 e março  de 2020.

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