Domingo, 29 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 28 de junho de 2025
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na sexta-feira (27) a realização de uma perícia médica no ex-deputado federal Daniel Silveira após ele alegar a necessidade de uma cirurgia com urgência no joelho.
A defesa do ex-deputado bolsonarista alegou que ele precisa de “cirurgia em caráter de urgência”. Em exames de raio-X e ressonância magnética, médicos teriam encontrado “um desgaste no aparelho extensor e lesões contrais as quais são irreversíveis”, justificando a necessidade da intervenção médica.
Em resposta, Moraes terminou que Silveira fosse submetido a uma perícia no prazo máximo de cinco dias. “Determino que o sentenciado Daniel Lúcio da Silveira seja submetido à perícia médica oficial, para avaliação da necessidade e da urgência na realização da cirurgia prescrita, no prazo de 5 dias”, diz a decisão de Moraes.
“Argumenta a defesa que o sentenciado ‘realizou exames de ressonância magnética e raio-x do joelho direito em 20/06/2025’, tendo recebido o resultado dos ‘exames médicos e a requisição de [um médico], solicitando cirurgia com maior brevidade devido à lesão apresentar um desgaste no aparelho extensor e lesões contrais as quais são irreversíveis”, diz o despacho.
Silveira está preso na unidade prisional agrícola de Magé (RJ). Daniel Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por defender pautas antidemocráticas, como a destituição de ministros do tribunal e a ditadura militar. Em 2021, ele já foi enviado para a cadeia depois de publicar um vídeo em que ameaçava e disparava injúrias contra a Suprema Corte.
Daniel Silveira foi preso novamente em 2023, depois de ter, na véspera de Natal, descumprido as condições para a liberdade condicional e ter saído de casa durante o horário noturno. Na ocasião, Moraes afirmou que ele desobedeceu as medidas cautelares 227 vezes. Em um dos episódios, o detento violou a medida cautelar indo a um passeio no shopping.
Alexandre de Moraes tem sido taxativo em impedir saídas ao ex-deputado. Em março deste ano, o magistrado negou o direito de “saidinha” de Páscoa a Silveira sob a justificativa de que ele violou acordos anteriores e tem “total desrespeito ao Poder Judiciário”.
O ex-policial militar, em mais uma investida, alegou que precisava trabalhar para garantir o sustento de sua família, em abril deste ano. Por isso, requisitou o regime semiaberto, com monitoramento feito por tornozeleira eletrônica. O pedido também foi negado por Moraes.