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Política Ao menos quatro partidos já se declaram de portas abertas para que Sérgio Moro dispute a Presidência da República em 2022

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O ex-juiz, agora, não pretende dar munição para Bolsonaro no embate entre ambos

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Procuradores federais e a cúpula da PGR entraram em choque após Aras determinar diligência para o compartilhamento de dados da Lava-Jato. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Ao menos quatro partidos já se declaram de portas abertas para que Sérgio Moro dispute a Presidência da República em 2022.

A decisão transmitida a aliados pelo ex-juiz e ex-ministro da Justiça, no entanto, é por ora congelar esse debate. Colocar de pé neste momento um projeto político, tem dito Moro, apenas daria munição para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no embate entre ambos.

A primeira legenda a oferecer filiação a Moro foi o Podemos, ainda no ano passado. Naquele momento, a discussão não foi adiante porque o então responsável pela Operação Lava-Jato queria manter sua imagem de ministro técnico e acima das disputas políticas, à frente de uma das pastas mais sensíveis da máquina federal.

Este sentimento de cautela se mantém, afirma o senador Alvaro Dias (PR). “Não quero colaborar com os adversários dele, que certamente utilizariam a simples especulação de uma filiação para acusá-lo de ter deixado o governo apenas em razão de um projeto eleitoral”, afirma.

Defensor ferrenho da Lava-Jato, Dias disputou a Presidência em 2018 e, já durante a campanha, disse que convidaria Moro para seu ministério, caso eleito. Mas teve a ideia roubada por Bolsonaro.

Segundo o senador, nada mudou na posição do Podemos de sonhar com a filiação de Moro, mas o mais sensato neste momento é não tratar do assunto. “Não é nem questão de descartar ou cogitar uma candidatura, mas simplesmente de não falar no assunto”, afirmou.

No meio político, Moro já foi informalmente lançado à Presidência por algumas figuras políticas desde que se demitiu, na última sexta-feira (24), acusando Bolsonaro de tentar controlar politicamente a Polícia Federal.

A principal apoiadora deste projeto é a líder do PSL na Câmara dos Deputados, Joice Hasselmann (SP). “Quero gritar aos quatro ventos em 2022: Moro presidente!”, escreveu ela em seu perfil no Twitter.

Presidente nacional do partido, o deputado federal Luciano Bivar (PE) diz que vê em Moro um autêntico representante da direita liberal, condizente com o ideário do PSL. “O PSL hoje é um partido que não está ligado ao centrão. É um partido que não é de esquerda, é um partido liberal. E que preserva as instituições democráticas”, afirma Bivar.

Segundo ele, essas características fazem do partido uma opção natural para o ex-juiz. O envolvimento do partido no escândalo das candidaturas laranjas não é algo que hoje preocupe, diz Bivar. “Nós hoje temos um sistema de prestação de contas cristalino, totalmente transparente”, afirma.

Ele também afirma que é preciso esperar o desenlace do embate do ex-ministro com Bolsonaro para conversar sobre uma possível candidatura. “Naturalmente, agora ele está num momento sabático, de meditação. Vir nesse momento para o partido seria criar uma situação de afrontamento contra o presidente. Qualquer injunção nossa agora seria inoportuna”, declara.

Outra legenda aberta ao ex-juiz é o Patriota, com quem Bolsonaro chegou a negociar filiação, antes de optar pelo PSL, em 2018. Adilson Barroso, presidente nacional do partido, afirma que ainda não procurou Moro desde que ele saiu do governo, mas que está aberto a isso futuramente.

“O Patriota é um partido que não está envolvido em nada de roubalheira, está sempre limpo. Se Moro vai para um partido abutre, automaticamente vai pesar no ombro dele os casos de corrupção no partido”, afirma.

Fundador do Partido Novo, João Amoedo afirmou que “qualquer partido sério gostaria de ter Moro nos seus quadros”. Isso não significaria necessariamente, segundo ele, que o ex-ministro seria o candidato a presidente pela legenda.

O próprio Amoêdo, que disputou a eleição em 2018, é apontado como presidenciável novamente em 2022. “Não há nenhum compromisso meu de ser candidato. O partido vai decidir o que for melhor lá na frente.”

Podemos, PSL, Novo e Patriota (que incorporou o PRP) cumpriram a cláusula de barreira na eleição e teriam direito a participar de debates durante a campanha, o que poderia ser um chamariz para o ex-ministro, caso opte pela disputa presidencial.

Moro já recebeu alguns apoios pontuais a uma candidatura presidencial, como do ex-deputado federal tucano Xico Graziano, que estava alinhado a Bolsonaro antes da crise.

Segundo Graziano, o ex-ministro pode representar uma terceira via entre o presidente e a esquerda na próxima eleição. “Só há um vencedor nesse episódio, Sérgio Moro. Será ele o aglutinador da esperança nacional contra a velha política”, escreveu.

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