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Rio Grande do Sul Governador Eduardo Leite responde perguntas dos telespectadores e comunicadores do programa Atualidades Pampa

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Eduardo Leite concedeu entrevista à TV Pampa falando do Palácio Piratini.

Foto: Reprodução
Eduardo Leite concedeu entrevista à TV Pampa falando do Palácio Piratini. (Foto: Divulgação)

O governador Eduardo Leite participou ao vivo, nesta quarta-feira (6), do programa Atualidades Pampa da TV Pampa, respondendo perguntas dos telespectadores e comunicadores. O tema principal foi a pandemia de coronavírus e as medidas de distanciamento controlado que estão sendo tomadas no Rio Grande do Sul. Confira as respostas aos principais tópicos.

Passo Fundo e Lajeado

O governador Eduardo Leite foi questionado sobre as razões do alto número de casos de coronavírus em Passo Fundo e Lajeado, que segundo o último levantamento da SES (Secretaria Estadual da Saúde) contam, respectivamente, com 225 ocorrências e 17 óbitos e 161 casos e oito óbitos cada um. A incidência por 100 mil habitantes em Passo Fundo é de 114.4 e em Lajeado de 205.1, números bastante diferentes dos 32.3 de Porto Alegre, que tinha 477 casos e 17 óbitos.

Segundo Leite, o problema foi decorrente de casos ocorridos na indústria frigorífica desses locais, e que o que aconteceu não é uma exclusividade. 

“Houve um forte reflexo relacionado à indústria frigorífica e a muitas de suas características, como a proximidade entre as pessoas, a umidade. Não é um caso exclusivo do Rio Grande do Sul, há relatos na indústria frigorífica dos Estados Unidos também”, relatou o governador.

Ainda conforme o governador, o número aumentou quando as famílias e pessoas que tiveram contato com os funcionários desses locais também se contaminaram. “Isso aconteceu em Passo Fundo e em Lajeado foi bem semelhante”, explicou Leite.

Modelo de regionalização

O governador abordou o modelo de distanciamento controlado que está sendo adotado pelo Estado para orientar a retomada de determinadas atividades em cada região.

“O modelo faz a regionalização conforme características locais, capacidade de atendimento, velocidade de disseminação, entre outros fatores, para que não haja nem exageros, nem omissões”, afirmou o governador.

Futebol

Sobre a retomada do futebol, o governador lembrou que a retomada vai depender de uma série de adaptações ao regramento que garante maior segurança e saúde.

“No caso do futebol, é uma atividade que pressupõe circulação de pessoas. São jogadores, equipe técnica, toda uma estrutura, mesmo que sem torcida. E há uma característica própria que é ser um esporte de contato, não há como fazer distanciamento durante a prática”, lembrou Leite.

Ciência

O governador também afirmou que o distanciamento controlado está sendo colocado em prática com base na ciência.

“Trabalhamos com base na ciência e em cima de um modelo matemático que considera a disponibilidade de leitos, a incidência por 100 mil habitantes, e uma série de itens que serve de matriz para indicadores de região a região”, explicou Leite.

Retorno das aulas

Sobre a retomada das aulas, o governador afirmou que também nesse setor serão utilizadas como referência as bandeiras por região, e que talvez alguns locais retornem antes de outros, ou que seja preciso interromper novamente em algum deles.

“O foco é garantir o retorno com segurança”, disse o governador.

Desemprego e fechamento de empresas 

Questionado sobre o reflexo das ações de isolamento na área econômica, como a perda de empregos e fechamento de empresas, o governador afirmou que “não há outra opção” além do isolamento neste momento.

Segundo o governador, não há como evitar medidas de distanciamento e isolamento como as que estão sendo adotadas diante de um cenário em que a população não tem sistema imunológico para lidar com a doença.

“A maior parte das pessoas não tem como isolar apenas os familiares do grupo de risco, grande parte das residências tem poucos metros quadrados e vivem pessoas de diferentes idades e condições de saúde”, exemplificou.

O governador também citou casos de países desenvolvidos que estão fazendo o mesmo e do que outros Estados deixaram de fazer e agora estão tendo de retroceder.

“Se não forem tomadas medidas como essas, o sistema colapsa. As pessoas não conseguiriam acessar respiradores para se recuperar da doença. Todo o esforço é para ter estrutura de saúde. Ainda estamos entrando em um período em que vamos enfrentar as síndromes respiratórias de inverno, junto com um vírus para o qual ainda não há vacina”, disse Leite.

Ainda conforme o governador, há diferentes tipos de isolamento que podem ser colocados em prática, e países como Inglaterra e Itália tiveram que optar por modelos mais restritivos após ver a quantidade de pessoas morrendo aumentando.

“Não há outra opção. Não há perda de liberdade nessas medidas que adotamos, mas o risco e o interesse público estão em primeiro lugar. Se for necessário, é possível inclusive que haja lockdown”, afirmou.

Para o governador, a vida está em primeiro lugar e as perdas podem ser ainda maiores no caso de uma liberação geral.

“Perdas de vidas não são recuperáveis. E as perdas econômicas podem ser ainda maiores se tivermos que ir para um fechamento mais radical, como lockdown”, resumiu. “Outro reflexo seria a perda da credibilidade e confiança do governo em relação à sua capacidade de agir, por não ter agido a tempo”, completou.

O Rio Grande do Sul atualmente é o 12º Estado em incidência de casos, segundo o levantamento do Ministério da Saúde divulgado nesta quarta-feira.

O programa Atualidades Pampa é transmitido, ao vivo, para todo o Estado do RS pelas quatro emissoras e mais de cem repetidoras do sinal da TV Pampa e ainda pelas redes sociais, Facebook TV Pampa e Youtube TV Pampa.

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https://www.osul.com.br/ao-vivo-governador-eduardo-leite-responde-perguntas-dos-telespectadores-e-comunicadores-do-programa-atualidades-pampa/ Governador Eduardo Leite responde perguntas dos telespectadores e comunicadores do programa Atualidades Pampa 2020-05-06
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